Após cheia histórica, Brasiléia apresenta primeiros sinais de vazante do Rio Acre


Medição das 6h da manhã desta quinta-feira contabilizou 38 centímetros menor do que no mesmo horário do dia anterior. Até às 12h, nível saiu da marca dos 15 metros. Câmara Municipal de Brasiléia foi atingida pelo Rio Acre
Raylanderson Frota/Arquivo pessoal
O trecho do Rio Acre que corta a cidade de Brasiléia, no interior do Acre, começou a apresentar sinais de vazante nesta quinta-feira (29). No dia anterior, o manancial chegou à cota histórica no município e deixou a cidade debaixo d’água nesta quarta-feira (28).
O município superou a marca registrada em 2015, naquela que ficou conhecida como a pior cheia da história da cidade, quando as águas do manancial cobriram 100% da área urbana do local.
Distante a mais de 230 km da capital, houve uma diminuição do rio em 38 centímetros neste trecho nas últimas 24 horas. O rio Acre marcou 15,18 metros às 6h30 desta quinta-feira (29) na cidade, apresentando sinais de vazante, de acordo com a Defesa Civil do município. Já às 12h, o manancial marcou 14,83 metros.
Na última medição de quarta, às 18h, o rio Acre estava com 15,50 metros, número menor do que a medição das 9h30 da quarta-feira (29) que foi de 15,56 metros e gerou a maior enchente da história da cidade.
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FOTOS: Brasiléia (AC) registra a maior cheia da história do município
O Acre enfrenta uma cheia histórica em 2024. Em todo o estado, 20.182 pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização nesta quinta-feira (29). Além disto, 17 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta do transbordo de rios e igarapés. Ao menos 23 comunidades indígenas no interior do Acre também sofrem com os efeitos das enchentes.
Com a cidade tomada pelas águas, quase 4 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, segundo a prefeitura do município. Dos 27 mil habitantes que tem no município de Brasiléia, 14.980 foram atingidos pelas águas. Os moradores de Brasiléia e de Epitaciolândia, cidade vizinha, fazem filas para aguardar as embarcações que têm feito o transporte de moradores para várias atividades. O comércio, inclusive, não parou de funcionar, nem mesmo com a cheia.
Nesta quinta, o rio ainda está com mais de 3 metros acima da cota de transbordo, que é de 11,40 metros. No boletim divulgado pela governo do Acre, não há atualizações sobre o número de desabrigados e desalojados na cidade. 13 bairros foram atingidos pela enchente e 15 abrigos foram disponibilizados à população.
GALERIA: Brasiléia registra a maior cheia da história do município
VÍDEOS: g1

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