Com subida do Rio Juruá, primeiras famílias são levadas para abrigo na segunda maior cidade do AC


Nível marcou 13,68 metros neste domingo (3) e já está há quatro dias acima da cota de transbordo. Somente um abrigo foi montado até o sábado (2) segundo a prefeitura, e 23 pessoas estão no local. Pelo menos 11 bairros já foram afetados pela cheia do Rio Juruá em Cruzeiro do Sul
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Com a subida do Rio Juruá, que está há quatro dias acima da cota de transbordo em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, as primeiras famílias foram levadas a um abrigo montado na Escola Corazita Negreiros. De acordo com a prefeitura do município, 23 pessoas foram levadas ao local no sábado (2).
O g1 tentou contato com a Defesa Civil Municipal para atualizar o número e não obteve retorno até esta publicação.
O Rio Juruá ultrapassou a cota de transbordo, que é de 13 metros, na quarta-feira (28), quando chegou a 13,04 metros. Desde então, já são 64 centímetros de aumento.
Bairro da Lagoa é o primeiro a ser atingido pelas águas do Rio Juruá
Reprodução/Rede Amazônica Acre
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Mesmo assim, muitas famílias permanecem em suas casas, e recorrem a barcos para conseguirem se locomover. A preocupação com a situação é crescente, como no caso da cuidadora Deli Bussons, que mora em uma área atingida pelas águas.
“Estou muito preocupada de encher, e alagar a minha casa e a dos meus vizinhos, porque eu não sou só por mim, mas também pelos outros. Mas, eu confio muito em Deus, que há de não encher mais”, afirma.
A cuidadora infantil Deli Bussons está em orações para que a água não avance sobre sua casa e dos vizinhos
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Já são pelo menos 11 bairros com ruas alagadas e 5 comunidades de onde só é possível sair utilizando as embarcações. Um desses locais é o Bairro da Lagoa, que é a primeira região da cidade a ser tomada pelas águas.
O segurança José Almeida mora há 36 anos no local, e diz que já enfrentou muitos períodos de inundação. Ele está preocupado com o volume de água que continua subindo, mas mesmo assim, diz que vai permanecer em casa por medo de furtos.
“Não dá pra sair, porque o pessoal leva o pouco que a gente tem. E aí, fica pior. [Esse período] É mais preocupante”, avalia.
O segurança José Almeida se preocupa com a cheia do Rio Juruá, mas não pensa em sair de casa no momento
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Colaborou o vídeorrepórter Mazinho Rogério, da Rede Amazônica Acre.
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