Seis unidades de saúde de Rio Branco estão fechadas por conta de enchente


Secretária de Saúde de Rio Branco, Sheila Andrade, destacou que uma das mais acometidas é a USF Genilson Pinto de Souza, que fica localizada no bairro Triângulo. Nível do Rio Acre chega a 17,86 metros em medição das 15h desta terça-feira (5) na capital. Águas do Rio Acre começam a atingir rua que dá acesso à Urap Eduardo Assmar, no bairro Quinze, em Rio Branco
Asscom/Prefeitura de Rio Branco
Seis unidades de saúde de Rio Branco foram diretamente atingidas pela cheia do Rio Acre e estão fechadas até que as águas baixem. O nível do manancial alcançou a marca de 17,86 metros na medição das 15h desta terça-feira (5), segundo a Defesa Civil de Rio Branco e já atinge 48 bairros da capital.
Entre as unidades fechadas estão:
Urap Augusto Hidalgo de Lima, no bairro Palheiral
Urap Eduardo Assmar, no bairro Quinze
USF Maria de Jesus de Andrade, no bairro Taquari
USF Genilson Pinto de Souza, no bairro Triângulo
Centro de Saúde Dr. Mário Maia, no bairro Cadeia Nova
Unidade de Saúde do Belo Jardim Rural
A secretária de Saúde de Rio Branco, Sheila Andrade, destacou que uma das mais acometidas é a que fica localizada no bairro Triângulo, que está totalmente coberta pelas águas.
“Ela está totalmente alagada, tivemos que tirar todos os equipamentos, os materiais daquela unidade, e para essas pessoas que eram atendidas especificamente ali, nesse momento estão se deslocando a USF José Adriano, que fica um pouco mais acima, mas que fica no mesmo bairro. Fora isso tem outras unidades, até mesmo na zona rural, que nos deixa muito tristes”, falou.
Andrade pontuou ainda que, como forma de prevenção, a USF Eduardo Assmar já teve os bens retirados do prédio, já que a rua já foi afetada. Além disto, ela frisou que as equipes de Vigilância Epidemiológica estão visitando as escolas, fazendo os atendimentos aos desabrigados.
“Nossas equipes de saúde também estão indo até às casas dos alagados porque temos muitos acamados, deficientes que estão sob essas condições, estamos fazendo visitas, trocando receitas, levando medicamentos de pessoas que já usam de forma contínua”, falou.
Móveis e demais itens precisaram ser retirados da Urap Eduardo Assmar, que foi fechada devido à cheia do Rio Acre
Asscom/Prefeitura de Rio Branco
Hervanilton Sena é vigilante, mora há mais de 30 anos no bairro Quinze e dentre as quatro famílias dele, apenas a casa dele não foi alagada. A região conta com a Urap Eduardo Assmar e aogra, eles estão indo para a Urap Cláudia Vitorino para serem atendidos.
“É uma coisa horrível, isso [enchente] não desejo para ninguém. Eu tenho filho e uma menina de 1 ano agora e a gente sempre precisa [de atendimentos de saúde], mas como está inundada, então a gente se desloca para outro canto para ser atendido. Dificulta mais, com certeza. A nossa esperança é que a alagação pare e volte tudo ao normal”, relatou.
Sobre o Parque de Exposições, onde mais de 4 mil pessoas afetadas estão, a secretária disse que no local, há uma unidade específica para atendimento deste público.
“Não temos condições de atender as pessoas de fora. Estamos esperando que Deus nos abençoe, que essas alagações comecem a diminuir, que os rios comecem a diminuir para voltarmos à nossa realidade”, finalizou.
Mais de 4 mil pessoas estão abrigadas no Parque de Exposições, em Rio Branco
Victor Lebre/g1
Rio Acre
A capital está a menos de 60 centímetros da maior cota histórica já registrada, que é de 18,40 metros em 2015. Essa já é a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971.
Atualmente, o manancial está a cinco dias acima dos 17 metros. A primeira vez que o Rio Acre alcançou a marca histórica foi em 29 de fevereiro (veja abaixo a evolução do nível do rio).
Em 2024, já são 48 bairros e 18 comunidades rurais atingidos pela cheia em Rio Branco, e mais de 4,6 mil pessoas precisaram deixar suas casas segundo a prefeitura da capital, com dados desta terça (5). Segundo a Energisa, companhia responsável pela distribuição de energia elétrica no Acre, já são mais de sete mil imóveis com fornecimento suspenso.
Somente nos abrigos mantidos pela prefeitura de Rio Branco, no Parque de Exposições e escolas, são cerca de 4,6 mil pessoas desabrigadas, segundo a Defesa Civil Municipal:
Parque de Exposições Wildy Viana: 800 famílias, mais de 4 mil pessoas
Escolas da capital: 184 famílias em 10 escolas da capital, um total de 600 pessoas
Colaborou a repórter Melícia Moura, da Rede Amazônica Acre.
Rio Acre continua acima dos 17 metros na capital acreana nesta terça-feira (5)
Richard Lauriano/ Rede Amazônica
VÍDEOS: g1

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