Eu Te Explico #101: proibição dos celulares nas escolas; afinal, a tecnologia é uma vilã?


Participam do episódio a neuropediatra Emmanuelle Vasconcelos; o professor da Ufba, Nelson Pretto; e Ademilton Albuquerque, diretor de uma escola que implementou medidas para o uso de celulares pelos alunos. O uso do celular nas escolas vem sendo associado a prejuízos à saúde mental, ao aprendizado e ao desenvolvimento socioemocional de crianças e adolescentes. Por outra lado, há quem defenda a importância das tecnologias e da regulamentação delas, de forma que sejam exploradas de maneira positiva. Diante disso, em todo o país, o tema tem permeado discussões entre pais, educadores e especialistas.
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Nesta edição do podcast Eu Te Explico, o apresentador Fernando Sodake conversa com especialistas sobre a proibição do uso de aparelhos eletrônicos nas escolas.
Os convidados do episódio são a neuropediatra Emmanuelle Vasconcelos; o professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e doutor em Educação e Cultura Digital, Nelson Pretto; e Ademilton Albuquerque, mestre em ensino e diretor de uma escola de Salvador que resolveu travar essa luta contra o uso indiscriminado dos eletrônicos no ambiente escolar.
EMOÇÕES: por que é tão difícil lidar com elas?
Nelson Pretto, professor da Faculdade de Educação da Ufba.
Natally Acioli/g1
O professor da Faculdade de Educação da Ufba, Nelson Pretto, é categórico ao dizer que proibição não combina com educação. Para ele, proibir não é a melhor forma encarar o tema. O uso correto e benéfico dos eletrônicos passa, na avaliação do professor, por ensinar os jovens, crianças e adolescentes como funcionam e como utilizar as tecnologias.
“Tem que regular essas plataformas”, acrescentou Nelson Pretto.
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Ademilton Albuquerque, diretor de uma escola e mestre em educação.
Natally Acioli/g1
Na escola em que Ademilton Albuquerque é diretor, a limitação do uso de eletrônicos pelos alunos foi implementada e tem como objetivo a melhora da convivência social, redução da dispersão da atenção dos estudantes e a promoção de um aprendizado mais eficaz. Segundo o educador, o ponto de partida para a medida foi quando percebeu que, na hora do intervalo, as crianças e adolescentes pouco interagiam e estavam todos com os olhos atentos às telas.
“Uma palavra que é fundamental na educação nos tempos atuais: intencionalidade. Então se há uma intencionalidade no uso, ele é muito bem-vindo. É possível utilizar o smartphone de uma forma positiva, desde que haja intencionalidade no processo e com a mediação de um adulto”, sinalizou o educador.
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Emmanuelle Vasconcelos, neuropediatra e pós graduada em psiquiatria infantil.
Natally Acioli/g1
O sinal de alerta percebido pelo educador é o mesmo destacado pela neuropediatra Emmanuelle Vasconcelos. Ela orienta que pais e responsáveis estejam atentos e ajam caso notem que uma criança ou adolescente deixe de participar de atividades coletivas, ao ar livre, em troca do celular ou outras telas.
“A gente precisa ter muita cautela com o uso da tecnologia, apesar da gente não conseguir fugir, precisa ter limites bem claros e estabelecidos dentro das famílias e em todos os ambientes onde as crianças e os adolescentes vão estar com o acesso a essas tecnologias”, afirmou a neuropediatra.
🎧 Veja trechos do episódio #101 do Eu Te Explico
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Podcast Eu Te Explico
Produção: Giulia Marquezini
Edição: Natally Acioli
Coordenação: Eder Luis Santana
Roteiro e apresentação: Fernando Sodake
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