Julia Garner não vê diferença entre fazer o modesto ‘Lobisomem’ e o épico novo ‘Quarteto Fantástico’


Atriz americana volta ao terror em filme que reinventa monstro do cinema, em cartaz no Brasil. Em julho, estrela sua 1ª mega produção como a Surfista Prateada da Marvel. Julia Garner retorna a terror em ‘Lobisomem’, antes do desafio de ‘Quarteto Fantástico’
Julia Garner pode não ser um nome familiar para muitos, mas vai ser difícil evitar a cara da atriz americana de 30 anos em 2025. Em cartaz nos cinemas no terror “Lobisomem”, em julho ela aparece — toda cromada, provavelmente — como uma versão feminina do Surfista Prateado no primeiro filme do Quarteto Fantástico feito pela própria Marvel.
Há um oceano de diferença na escala e nas ambições de ambos os projetos. O primeiro tem um orçamento estimado em US$ 25 milhões segundo a revista “Variety”, um valor até elevado para o gênero — mas bem modesto em comparação com as centenas de milhões de dólares das aventuras de super-heróis do tipo.
Mais conhecida pelos dois Emmy como atriz coadjuvante por sua atuação na série “Ozark”, Garner tem uma longa carreira em filmes independentes e produções menores. Preste a estrelar seu primeiro mega lançamento, ela não vê muita diferença entre as duas realidades.
“Não sinto tanta diferença, para ser sincera. Posso fazer um filme independente com um orçamento de passar fome e ainda não sinto a diferença. A preparação ainda é a mesma.”
“A única coisa que é um pouco diferente é que há um pouco menos de preparação, porque eles só tem uma certa quantia de dinheiro, com um filme independente pequeno”, diz ela, em entrevista ao g1.
“Em um filme maior, eles também estão trabalhando mais. Então, são desafios diferentes, mas é tudo mais ou menos a mesma coisa, com um orçamento diferente.”
Julia Garner e Matilda Firth em cena de ‘Lobisomem’
Divulgação
De volta ao terror
Em “Lobisomem”, Julia volta ao gênero do terror, no qual já atuou em filmes como “Somos o que somos” (2013) e “O último exorcismo – Parte 2” (2013).
No novo filme, ela interpreta uma mulher que precisa proteger a filha após seu marido ser atacado por uma criatura misteriosa e sofrer uma transformação assustadora.
Para ela, o gênero passa por um “Renascimento”, marcado pelo sucesso recente de filmes como “Longlegs” e “A substância”.
Julia Garner começou sua carreira em Hollywood aos 17 anos com o filme independente “Martha Marcy May Marlene”, mas foi na série “Ozark” que ela realmente se destacou, conquistando dois prêmios Emmy.
Julia Garner agradece pelo prêmio de melhor atriz coadjuvante em série por ‘Ozark’ no Globo de Ouro 2023
Rich Polk/NBC via AP
“O terror não é o que era nem há 15 anos. Acho que os filmes que você mencionou são histórias originais e é mais fácil que o público invista no terror, porque é um gênero que pode vender e todas essas coisas”, fala ela.
“Acho que as pessoas só querem se conectar. As pessoas estão tão desconectadas hoje em dia, que há algo, mesmo que o terror seja tão terrível, você quer se conectar com as pessoas depois, porque é traumatizante. É estranho.”
No filme, ela é dirigida pelo australiano Leigh Whannell, um dos criadores da franquia “Jogos Mortais”. Após o sucesso de “O homem invisível” (2020), ele volta a reinventar um monstro clássico do cinema, com uma história intimista com o ponto de vista da própria criatura.
“Julia é brilhante. Ela tem uma autenticidade emocional que é difícil de encontrar. Eu vi antes algo parecido em Elizabeth Moss em ‘O homem invisível’, sabe. Uma habilidade de ser o mais real possível. E você precisa disso em um filme como esse”, afirma Whannell.
“Você precisa disso em um filme assustador. Você precisa do motor para a empatia do público. E a Julia é ótima nisso. Você olha para a cara dela e pode dizer imediatamente o que ela está pensando e sentindo.”
Leigh Whannell, Christopher Abbott e Julia Garner durante gravação de ‘Lobisomem’
Divulgação
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