Testemunhas dizem que PM morto no Aterro do Flamengo reduziu velocidade por causa de sinal


Marco Paulo Freire Azevedo estava a caminho do 19° BPM (Copacabana) quando foi abordado por criminosos em um corolla cros. Policial tentou reagir, mas arma teria falhado. Polícia Civil investiga morte de PM no Atero do Flamengo
Testemunhas contaram à polícia que o 3º sargento Marco Paulo Freire Azevedo, morto no Aterro do Flamengo, na manhã deste domingo (26), reduziu a velocidade por conta de um sinal de trânsito pouco antes de ser abordado por criminosos.
O policial de 38 anos seguia para o 19º BPM (Copacabana), onde trabalhava como motorista.
A Polícia Civil analisa câmeras de segurança do Flamengo e do Catete, bairros da Zona Sul do Rio, para tentar identificar os assassinos.
De acordo com testemunhas, bandidos armados e que estavam em um corolla cros branco fecharam o veículo do PM. Ele reagiu e disparou um tiro contra os criminosos, mas a pistola teria falhado. Os criminosos, então, dispararam.
O Jeep dele andou por alguns metros até parar, mas Marco Paulo já estava morto. O carro do militar ficou com pelo menos 8 perfurações.
O corpo do PM será velado às 12h desta segunda-feira (27) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste. O enterro será às 15h30.
Marca de tiro no carro de PM morto no Aterro do Flamengo
Jurandir Ferreira/ TV Globo
Crime perto de áreas de lazer
O crime aconteceu em uma das áreas de lazer mais frequentadas da cidade: de um lado ficam os campos de futebol do Aterro do Flamengo, e do outro, o Palácio do Catete.
Uma câmera de segurança de um hotel gravou imagens do carro dos bandidos fugindo na contramão da Rua Silveira Martins, no sentido do Catete.
Nas imagens, também é possível ver um homem, aparentemente usando colete, correndo para entrar no veículo.
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) fez uma perícia no local e investiga o caso como tentativa de assalto.
Imagens de câmeras de segurança mostram morte de PM que ia para o trabalho
Quem precisa passar pela região diariamente reclama da falta de segurança.
“Constantemente vem acontecendo assalto, à mão armada. Às pessoas chegando nos prédios e eles cometem os crimes. A a sensação é que não tem segurança pra ir e vir”, conta o videomaker Danilo Góes.
“O aumento da violência está em todas as partes do Rio, principalmente na Zona Sul, onde a gente tinha uma sensação de segurança maior e hoje em dia não tem mais. Tem que ter mais policiamento”, salienta o administrador Raul Lupi.
Neste domingo, poucas horas após o crime, a região estava bastante movimentada, com crianças, idosos e famílias em atividades de lazer no Aterro do Flamengo, como de costume.
Marco Paulo trabalhava no 19º BPM (Copacabana) havia quase 2 anos. Antes, ele trabalhou na Operação Lei Seca.
A família do militar é de Itaboraí, na Região Metropolitana do RJ. Ele deixou um filho de 16 anos.
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