Senado abre sessão para escolher novo presidente

Favorito na disputa, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) deve retomar a presidência do Senado após ter comandado a Casa entre 2019 e 2021. O Senado Federal inicia neste sábado (1º) a sessão que definirá o novo presidente da Casa para o biênio 2025-2027. A votação será secreta e realizada por meio de cédulas de papel, seguindo as regras do Regimento Interno.
Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa obter 41 votos (maioria absoluta dos 81 senadores). Caso nenhum candidato alcance esse número, haverá um segundo turno entre os dois mais votados.
Favorito na disputa, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) deve retomar a presidência do Senado após ter comandado a Casa entre 2019 e 2021. Alcolumbre tem o apoio de nove dos 12 partidos com representação no Senado, além de três senadores do Podemos, cuja bancada foi liberada. No total, conta com o suporte de 76 parlamentares, quase 94% da Casa.
A volta de Alcolumbre ao cargo tem sido costurada ao longo dos últimos anos, nos bastidores. Desde que foi impedido de concorrer à reeleição em 2020, ele exerceu forte influência na gestão do atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atuando na distribuição de emendas parlamentares e na indicação de cargos estratégicos no governo federal e em agências reguladoras.
Outros quatro senadores protocolaram candidaturas para a presidência do Senado: Marcos Pontes (PL-SP), Eduardo Girão (Novo-CE), Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Marcos do Val (Podemos-ES).
No entanto, todos enfrentam dificuldades para conquistar apoios expressivos. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por exemplo, não incentivou a candidatura de Pontes, preferindo manter a bancada alinhada com Alcolumbre.
Após a escolha do presidente, o Senado realizará uma segunda sessão preparatória para definir os demais cargos da Mesa Diretora, incluindo os dois vice-presidentes e os quatro secretários.
Um dos principais acordos costurados por Alcolumbre prevê a divisão das vice-presidências entre o PL e o PT, consolidando sua posição de consenso entre governo e oposição.
A eleição no Senado também tem impacto direto na condução da agenda legislativa do país. O presidente da Casa define quais projetos serão pautados, influencia a tramitação de medidas provisórias e pode autorizar ou barrar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).
Além disso, ele ocupa a segunda posição na linha sucessória da Presidência da República, atrás apenas do presidente da Câmara.
Câmara
Mais tarde, às 16h, será a vez da Câmara dos Deputados escolher seu novo presidente. O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) é o favorito para suceder Arthur Lira (PP-AL). Ele reúne o apoio de 18 partidos, incluindo legendas da base do governo e da oposição. A eleição na Câmara ocorrerá por meio do sistema eletrônico de votação.
Com candidaturas amplamente articuladas e consensuais, as eleições deste sábado devem consolidar a força do Centrão no comando do Congresso Nacional. Alcolumbre e Motta, ambos representantes desse grupo político, devem sair vitoriosos e reforçar a influência das negociações parlamentares sobre as decisões do governo federal.
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