Júri popular de réu pela morte de tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu entra no terceiro dia na fase de debates


Nos dois primeiros dias, nove pessoas foram ouvidas, além do réu. Júri está sendo realizado em Curitiba. Marcelo Arruda foi morto a tiros por Jorge Guaranho na própria festa de aniversário. Jorge Guaranho em julgamento no Tribúnal do Júri, em Curitiba
Reprodução RPC
Está marcado para às 9h desta quinta-feira (13) o terceiro dia do júri popular de Jorge Guaranho, ex-policial penal réu por homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) e guarda municipal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Nos dois primeiros dias de júri, nove pessoas, entre testemunhas, informantes e peritos, foram ouvidas. O réu, Guaranho, foi o último a prestar depoimento. Ele deu a versão dele dos fatos publicamente pela primeira vez.
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O julgamento ocorre no Tribunal do Júri de Curitiba dois anos e meio após a morte de Arruda, que foi baleado por Guaranho enquanto comemorava seus 50 anos de idade com uma festa temática do presidente Lula e do PT.
A captação de imagens não foi liberada no julgamento. O réu foi fotografo do lado de fora do tribunal, pouco antes do início do segundo dia de júri.
Jorge Guaranho chega para segundo dia de julgamento no Tribúnal do Júri, em Curitiba.
Reprodução RPC
Tempo real: g1 transmite julgamento
Nesta quinta, o júri popular será retomado na fase de debates – em que acusação e defesa fazem as sustentações antes do Conselho de Sentença definir para condenação ou absolvição.
A expectativa é que o júri seja concluído ainda quinta (13).
Foram ouvidos no julgamento:
Pâmela Suellen Silva, viúva de Marcelo Arruda, que detalhou o dia do assassinato e deu declarações sobre a dificuldade de criar o filho mais novo após a morte do pai. Na época, o bebê tinha 40 dias de vida;
Daniele Lima dos Santos, vigilante que estava no local do crime;
Denise de Oliveira Carneiro Berejuk, perita responsável por laudos de imagem;
Wolfgang Vaz Neitzel, amigo de Marcelo Arruda que participou da festa e viu discussão que terminou com o assassinato;
Edemir Alexandre Riquelme Gonsalves, tio de Pâmela, companheira de Marcelo Arruda e que comprou decoração da festa;
Marcelo Adriano Ferreira, policial penal do Presídio de Catanduvas que trabalhava com o agora ex-policial penal Jorge Guaranho;
Márcio Jacob Muller Murback, amigo de Guaranho que tinha acesso às imagens das câmeras de segurança da associação onde ocorria a festa de Arruda por fazer parte da direção onde ocorria a festa;
Simone Cristina Malysz, perita que participou da elaboração de laudos do caso;
Alexandre José dos Santos, amigo de Marcelo Arruda, servidor público e que também estava na festa;
Jorge Guaranho, réu pelo crime.
O júri popular é presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, magistrada da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba.
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O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro
Reprodução
Relembre o crime
Relembre caso de ex-policial penal que matou tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu
O crime aconteceu em 9 julho de 2022.
Conforme as investigações, Jorge Guaranho invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda e os dois discutiram. Cerca de 10 minutos depois, o policial penal voltou ao local, armado, e disparou contra Arruda, que revidou usando a arma que carregava por ser guarda municipal.
Arruda foi socorrido, mas morreu na madrugada de 10 de julho de 2022. Ele deixou quatro filhos. Na época do crime, um deles tinha pouco mais de 40 dias.
Após o crime, Guaranho foi agredido por convidados presentes na festa de Marcelo. Ele foi internado e permaneceu em hospital de Foz do Iguaçu até ter alta e ser encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde ficou preso até setembro 2024.
Atualmente, Guaranho cumpre prisão domiciliar.
O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos do crime, segundo a Polícia Civil:
Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia
Arte/g1
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