Mais de 60% dos municípios de SC estão infestados pelo mosquito Aedes aegypti; SES faz alerta

Santa Catarina registrou um aumento de 68,8% nos casos prováveis de chikungunya, além de cinco mortes suspeitas por dengue em investigação e três casos prováveis de zika. Os dados são do Informe Epidemiológico e abrangem o período de 29 de dezembro de 2024 a 10 de fevereiro de 2025.

Dengue, zika e chikungunya são transmitidos pelo mesmo mosquito – Foto: PMJlle/Reprodução

A SES (Secretaria de Estado da Saúde), responsável pelo levantamento quinzenal, alerta para o cenário climático atual. As altas temperaturas, somadas às fortes chuvas, favorecem a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya

Mais de 60% dos municípios catarinenses estão infestados pelo mosquito-da-dengue

O relatório identificou 11.347 focos do Aedes aegypti em 219 municípios de Santa Catarina. Com base nos critérios de disseminação e manutenção dos focos, 178 cidades estão infestadas, o que representa 60,3% do estado.

Santa Catarina atingiu a marca de 178 municípios infestados pelo mosquito-da-dengue – Foto: Vigilantos/Reprodução/ND

A SES aponta que, no período analisado, foram registrados 4.495 casos prováveis de dengue. O termo “casos prováveis” passou a ser adotado em 2024 e inclui casos notificados, confirmados, suspeitos e inconclusivos, exceto os descartados.

Já os casos prováveis de chikungunya chegaram a 27, um aumento de 68,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 16 casos.

Ações devem ser tomadas para eliminar focos de Aedes aegypti – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ND

Os números de Zika permanecem estáveis, com três casos prováveis no período analisado, assim como em 2024.

Como eliminar os focos do Aedes aegypti

Além das ações do poder público para eliminar os criadouros do Aedes aegypti, a população também pode adotar medidas preventivas no dia a dia. O Ministério da Saúde recomenda evitar qualquer ambiente propício à proliferação do mosquito. Confira os principais cuidados:

  1. Tampe caixas d’água, ralos e pias para impedir o acúmulo de água parada;
  2. Higienize regularmente os bebedouros dos animais de estimação;
  3. Descarte pneus velhos corretamente ou mantenha-os cobertos e protegidos da água;
  4. Esvazie e limpe bandejas externas de geladeiras e bebedouros com água e sabão;
  5. Mantenha calhas e lajes limpas e coloque areia nos cacos de vidro de muros para evitar acúmulo de água;
  6. Substitua a água dos vasos de plantas por areia para evitar criadouros do mosquito;
  7. Feche bem os sacos de lixo e evite o descarte de resíduos em terrenos baldios ou vias públicas;
  8. Faça inspeções semanais em casa para identificar possíveis focos de larvas;
  9. Use repelentes e instale telas de proteção para reduzir o risco de picadas, principalmente em regiões com alta incidência de casos;
  10. Colabore com os agentes de saúde e receba-os em sua residência para inspeção e orientação.
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