Em meio a decretos de Trump elevando tarifas, veja principais itens do comércio entre Brasil e EUA e as tarifas cobradas

Presidente norte-americano já anunciou que vai aumentar tarifas para aço, alumínio e etanol, produtos que o Brasil exporta para os EUA. Principal item da pauta de exportação do Brasil é óleo bruto de petróleo. Em meio à elevação de tarifas decretadas pelo presidente Donald Trump, alguns produtos brasileiros deverão pagar mais imposto para entrar nos EUA. É o caso do etanol, do aço e do alumínio. Esses produtos já foram alvos de decretos do presidente norte-americano, que quer adotar reciprocidade de tarifas.
Dentre os 10 produtos brasileiros mais exportados para os EUA em 2024, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria Exterior, estão óleos brutos de petróleo, ferro, aço, café em grão, pastas químicas de madeira, ferro fundido bruto, aeronaves e veículos aéreos, gasolina, carnes bovinas congeladas e produtos semimanufaturados de ligas de aço.
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Os óleos brutos de petróleo, que lideram a pauta de exportações, movimentando cerca de US$ 5,8 bilhões no ano, atualmente não pagam tarifa nos EUA.
Por outro lado, o Brasil também mantém um fluxo intenso de importações dos Estados Unidos, destacando-se produtos como partes de turbinas para aviões, gás natural liquefeito, óleo diesel, hulha betuminosa e naftas petroquímicas.
A maioria desses itens entra no Brasil sem tributação, mas produtos plásticos, como copolímeros de etileno e polietilenos, pagam 20% de imposto.
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Veja abaixo os principais produtos que o Brasil exportou para os EUA em 2024:
Óleos brutos de petróleo. Valor: R$ 5, 8 bilhões. Tarifa cobrada pelos EUA: 0%
Outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado. Valor: US$ 2,7 bilhões. Tarifa cobrada pelos EUA: 7,2%
Café não torrado, não descafeinado, em grão. Valor: US$ 1,9 bilhão. Tarifa cobrada pelos EUA: 9%
Pastas químicas de madeira. Valor: US$ 1,5 bilhão. Tarifa cobrada pelos EUA: 3,6%
Ferro fundido bruto não ligado. Valor: US$ 1,4 bilhão. Tarifa cobrada pelos EUA: 3,6%
Outros aviões e outros veículos aéreos, de peso superior a 15.000 kg, vazios. Valor: US$ 1,4 bilhão. Tarifa cobrada pelos EUA: 0%
Outras gasolinas, exceto para aviação. Valor: US$ 997 milhões. Tarifa cobrada pelos EUA: 0%
Aviões e outros veículos aéreos, a turbojato, entre 7.000 kg e 15.000 kg, vazios. Valor: US$ 955,6 milhões. Tarifa cobrada pelos EUA: 0%
Carnes desossadas de bovino, congeladas. Valor: US$ 885 milhões. Tarifa cobrada pelos EUA: 10,8%
Produtos semimanufaturados, de outras ligas de aço. Valor: US$ 738 milhões. Tarifa cobrada pelos EUA: 7,2%.
Veja os principais produtos exportados pelos EUA ao Brasil:
Partes de turborreatores ou de turbopropulsores. Valor: US$ 3,2 bilhões. Tarifa cobrada pelo Brasil: 0%
Turborreatores de empuxo superior a 25 kN. Valor: US$ 2,9 bilhões. Tarifa cobrada pelo Brasil: 0%
Gás natural liquefeito. Valor: US$ 1,6 bilhão. Tarifa cobrada pelo Brasil: 0%
Óleos brutos de petróleo. Valor: US$ 1,45 bilhão. Tarifa cobrada pelo Brasil: 0%
Gasóleo (óleo diesel). Valor: US$ 1,43 bilhão. Tarifa cobrada pelo Brasil: 0%
Naftas para petroquímica. Valor: US$ 1,43 bilhão. Tarifa cobrada pelo Brasil: 0%
Hulha betuminosa, não aglomerada. Valor: US$ 1,39 bilhão. Tarifa cobrada pelo Brasil: 0%
Copolímeros de etileno e alfa-olefina, de densidade inferior a 0,94. Valor: US$ 579 milhões. Tarifa cobrada pelo Brasil: 20%
Óleos lubrificantes sem aditivos. Valor: US$ 571 milhões. Tarifa cobrada pelo Brasil: 0%
Outros polietilenos sem carga, densidade >= 0,94, em formas primárias. Valor: US$ 500 milhões. Tarifa cobrada pelo Brasil: 20%
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