Após quase 9 anos, acusado de matar pedreiro com facada no peito pega quase 20 anos de prisão no AC


Saymon Wallace Fonseca do Nascimento, condenado por outros crimes, também foi sentenciado, nesta quarta-feira (20), por matar Francisco Edislândio Machado de Oliveira em outubro de 2016 no bairro Bahia Nova, em Rio Branco. Saymon Wallace Fonseca do Nascimento, de 23 anos, foi condenado a quase 20 anos de prisão
Divulgação/ Polícia Civil
Quase nove anos após o pedreiro Francisco Edislândio Machado de Oliveira, de 26 anos, ser morto com uma facada no peito em Rio Branco, um dos envolvidos no crime foi condenado pela Justiça do Acre na última quarta-feira (19). Saymon Wallace Fonseca do Nascimento pegou quase 20 anos de prisão e o outro réu, Jorge Wellington Nascimento da Silva, foi absolvido pelo Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.
📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp
De acordo com a sentença, proferida pelo juiz Robson Ribeiro Aleixo, Saymon foi condenado a 19 anos, 10 meses e 21 dias de detenção por homicídio duplamente qualificado, tendo em vista que o crime foi premeditado; por motivo torpe; e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Além disto, mesmo não sendo levado em consideração para a aplicação da pena, a condenação também citou o fato de o réu ter cometido outros crimes, já julgados e condenados.
“As consequências do crime se estendem até os dias de hoje, impactando profundamente os familiares da vítima. Ele deixou filhos menores, incluindo uma menina que possuía forte vínculo afetivo com o pai e que, desde então, sofre intensamente com sua ausência, tendo sido ainda mais marcada pelo trauma de ter visto as imagens do pai ensanguentado”, sustentou o juiz na aplicação da sentença.
O g1 não conseguiu contato com a defesa do condenado.
Histórico de crimes
Wallace também acumula outras condenações por homicídios, além de fugas do presídio. Em 2019, a Justiça do Acre condenou ele a mais de 30 anos de prisão pela morte do menor Hércules Farias Marques, de 17 anos. O adolescente foi assassinado a tiros em julho de 2017 enquanto conversava na frente de casa e usava o Wi-Fi dos vizinhos, na Travessa Messias, bairro João Eduardo II, em Rio Branco.
Em junho de 2020, a Polícia Civil do Acre conseguiu prendê-lo após uma fuga em massa registrada em janeiro do mesmo ano no Complexo Penitenciário de Rio Branco. Saymon Wallace foi recapturado no bairro Santa Inês, na capital acreana.
Nascimento também foi preso em flagrante, em março de 2017, na Travessa Lagoinha, no bairro Bahia Nova, por tráfico de drogas.
O caso
Em 2022, três homens foram denunciados pela morte do pedreiro Francisco Edislandio Machado de Oliveira, de 36 anos, ocorrida em outubro de 2016, em Rio Branco. Entre os réus, estavam Jorge Wellington da Silva, Edy Carlos Teles do Nascimento e Saymon Wallace do Nascimento, sendo que o último havia sido preso cerca de cinco meses após o crime.
Pedreiro foi morto com tiro no peito há mais de cinco anos em bairro de Rio Branco
Arquivo pessoal
O pedreiro morreu no dia 10 de outubro de 2016 no bairro Bahia Nova, em Rio Branco, após levar uma facada no peito. Segundo uma irmã da vítima informou na época, a empreendedora Edislene Machado, ele foi chamado para uma festa de aniversário e lá foi atingido com um golpe de faca.
Após levar a facada, Oliveira ainda teria conseguido andar cerca de 100 metros para pedir socorro, de acordo com a irmã. Ela disse ainda que ao chegar na rua de um tio, o irmão conseguiu chamar pelo parente, mas acabou caindo no chão e morreu no local.
A vítima tinha passagem pela polícia por porte de arma ilegal e violência doméstica, segundo informações do 3º Batalhão da Polícia Militar do Acre (PM-AC), que atendeu a ocorrência. Ele já havia sofrido uma tentativa de homicídio em 2012. De acordo com a irmã, o pedreiro era usuário de drogas.
Denúncia
Conforme a denúncia do Ministério Público, por volta das 3h daquele dia, no corredor de acesso a uma residência na Travessa Estrela, os três denunciados deram um golpe de arma branca na parte superior do tórax da vítima, que não resistiu e morreu.
O crime, segundo a denúncia, foi por motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, de surpresa.
Ainda de acordo com o MP, Saymon Wallace teria jogado areia sobre os rastros de sangue deixados pela vítima após ser atingida e que revelavam seu trajeto desde a sua casa até o local onde caiu, com intuito de induzir a erro o perito.
Reveja todos os telejornais do Acre
Bookmark the permalink.