Criança que morreu atropelada por ônibus escolar atravessou com a irmã na frente do veículo

Acidente aconteceu em Guiricema. O motorista disse que não percebeu o movimento das meninas e entrou em choque quando percebeu o acidente. Escola Municipal Coronel Luiz Coutinho, em Guiricema, teve as aulas suspensas
Evandro Carvalho/TV Integração
A criança de 5 anos, que morreu atropelada por um ônibus escolar após voltar da aula em Guiricema, na Zona da Mata, teria descido do veículo e atravessado na frente dele com a irmã de 8 anos.
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O acidente foi por volta das 17h da quinta-feira (20), na Rua Joaquim Murtinho, no Bairro Taboa, e deixou a pequena cidade de 7 mil habitantes em choque.
Segundo uma familiar das crianças, a menina mais velha foi buscar a mais nova, que era aluna do pré-escolar da Escola Municipal Coronel Luiz Coutinho, no Centro da cidade.
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Após o desembarque, as duas passaram pela parte na frente do ônibus, sem que o motorista as percebesse. O condutor, de 50 anos, parou o veículo logo ao perceber o acidente e entrou em estado de choque. À PM, ele contou que não viu as crianças.
O Samu foi acionado, mas Andressa Santana da Silva morreu ainda no local. Já a irmã dela foi socorrida com ferimentos e fratura na perna e encaminhada ao Hospital Santa Isabel, em Ubá, distante aproximadamente 35km de Guiricema.
O hospital não passou informações do estado de saúde dela nesta sexta.
Luto oficial no município
No fim da manhã desta sexta (21), o corpo de Andressa foi liberado no Instituto Médico Legal para ser velado.
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As quatro escolas municipais de Guiricema foram fechadas, e as aulas suspensas. A Prefeitura decretou luto oficial de três dias.
Na manhã desta sexta, representantes de instituições municipais se reuniram com o prefeito e secretário de Educação para traçar estratégias para evitar que novas tragédias como essa não voltem a acontecer na cidade.
Segundo moradores, nem todos os coletivos apresentam profissional acompanhando os motoristas: “Tem alguns ônibus que têm monitor, mas precisa ser em todos. A criança, quando está perto de casa, fica doida para chegar. Ela não tem noção. Não sabe se o ônibus vai pra trás, vai pra frente”, lamentou o aposentado João Batista.
Outra reivindicação dos moradores é que o haja instalação de pontos próprios para as crianças descerem:
“Eu acho que um ponto próprio, sinalizado, onde as crianças vão descer, ajudaria. Assim, os motoristas e condutores ficariam mais atentos, e os pais só retirariam a criança com a presença de um adulto. Porque criança não deve andar sozinha, né?”, disse a auxiliar de serviços gerais Marilza Dutra.
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