Atendimentos clínicos a gestantes por pré-eclâmpsia aumentam na região de Campinas; entenda sintomas da síndrome hipertensiva


Nova medida do Ministério da Saúde para atendimento de gestantes na rede pública pode ajudar a combater a maior causa de mortalidade materna. Gestantes receberão suplemento de cálcio para prevenção da pré-eclâmpsia pelo SUS
A região de Campinas registrou alta nos procedimentos clínicos laboratoriais por pré-eclâmpsia nas cidades que integram o Departamento de Saúde (DRS). Dados da Secretaria Estadual apontam que, em 2024, foram registradas 490 internações pela síndrome hipertensiva em gestantes e 66 atendimentos clínicos. No ano anterior, foram 613 hospitalizações, 13 procedimentos e uma morte.
Uma nova medida do Ministério da Saúde para atendimento de gestantes na rede pública pode ajudar a combater a maior causa de mortalidade materna. Todas as gestantes vão receber um suplemento de cálcio para evitar a pré-eclâmpsia.
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O que é pré-eclâmpsia: tata-se de uma síndrome hipertensiva para pode surgir durante a gravidez, a doença causa pressão alta, inchaços e presença de proteínas na urina. O quadro pode aparecer antes das 34 semanas de gestação.
Quais são as principais causas? Ainda foi descoberta, mas estudos apontam que a origem do problema pode ser uma alteração vascular durante a formação da placenta, o que resulta no aumento da pressão arterial. A doença pode ser desencadeada por estresse, má qualidade do sono, obesidade e sedentarismo.
Pré-eclâmpsia precoce e síndrome de HELLP: entenda complicação
Reprodução/EPTV
Com a medida do governo federal, todas as gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde, vão receber dois comprimidos diários de suplementação com cálcio a partir da décima segunda semana de gravidez até o parto.
A vendedora Laís Fernanda Rosa Zerlenga, de Cosmópolis (SP) teve a síndrome durante a gravidez do filho Arthur. O bebê nasceu prematuro, de sete meses devido a complicações na gestação e precisou ficar 37 dias na unidade de terapia intensiva da maternidade antes de poder ir para casa.
“Como ele nasceu prematuro, não pud vê-lo logo após o parto por conta de complicações durante a cesárea, precisei tomar anestesia geral. Desde a hora em que nasceu, meu filho ficou no respirador”, relatou.
Atendimentos clínicos de pré-eclâmpsia aumentam em um ano na região de Campinas
Reprodução/EPTV
Síndrome Hellp
Devido à síndrome de Hellp, que é um agravamento da pré-eclâmpsia,relacionada ao aumento da pressão arterial na gestante que pode causar lesão em alguns órgãos, a mãe precisou se medicada com sulfato de magnésio. Já o bebê, teve dificuldades intestinais.
A condição é caracterizada pelo desenvolvimento de hemólise (destruição dos glóbulos vermelhos), comprometimento do fígado e baixa contagem de plaquetas. Essas condições aumentam o risco da gestante ter hemorragia na hora do parto, podendo sangrar até a morte.
Quais são os sintomas da pré-eclâmpsia?
Nem sempre a mulher apresenta sintomas, mas alguns sinais são comuns:
• Dores de cabeça intensas
• Pressão arterial elevada
• Inchaço no rosto e nas mãos
• Ganho de peso de um quilo ou mais em uma semana
• Dificuldade em respirar
• Dor na parte superior direita do abdômen
• Náusea e/ou vômito
• Alterações da visão
Pré-eclâmpsia tem cura?
A pré-eclâmpsia não tem cura. O único tratamento efetivo da doença é o parto, já que a condição está associada a uma alteração vascular da placenta.
No entanto, quando o quadro acontece antes das 37 semanas, ou é ainda mais precoce, é preciso dosar o risco para não comprometer a saúde da mãe e, ao mesmo tempo, garantir melhores condições de nascimento para o bebê.
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