Polícia prende mais um investigado por latrocínio de empresário do ramo de pedras preciosas e pelo sequestro da família dele em Coronel Murta


Segundo a polícia, outras cinco pessoas suspeitas de envolvimento direto com os crimes foram presas anteriormente. Vítima, de 24 anos, foi morta com um tiro nas costas. Materiais apreendidos no decorrer das investigações dos crimes
Polícia Civil
Um investigado por envolvimento no latrocínio de um empresário do ramo de pedras preciosas e no sequestro da esposa e da filha dele em Coronel Murta (leia sobre o caso abaixo) foi preso nesta sexta-feira (21) em Padre Paraíso. Segundo a Polícia Civil, outras cinco pessoas suspeitas de envolvimento direto com os crimes foram presas anteriormente.
A ação que resultou na prisão desta sexta foi realizada em conjunto pelas Polícias Civil e Militar. Havia um mandado de prisão em aberto contra o alvo, que tem 30 anos. Também nesta semana, na quarta-feira (19), outro investigado, de 29 anos, foi preso na zona rural de Lagoinha, no interior de São Paulo. A localização dele ocorreu por meio do trabalho de inteligência da Polícia Civil. Não foram divulgados detalhes sobre a atuação deles nos crimes.
“A vítima acabou sendo morta com um disparo de arma de fogo pelos autores que foram à sua residência tentar roubar um dinheiro relativo à venda de pedras preciosas que ele havia realizado. Não conseguindo lograr êxito na subtração do dinheiro, esses autores realizaram o disparo quando estavam saindo”, detalhou o delegado regional da Polícia Civil em Pedra Azul, Thiago Carvalho.
“Na ação criminosa, os indivíduos ainda sequestraram a esposa e a filha da vítima [de três anos] e ainda fizeram exigências durante essa fuga de dinheiro relacionado à libertação das vítimas, o que configura a prática do crime de extorsão mediante sequestro”, completou o delegado Paulo Sobrinho, titular da delegacia de Araçuaí, onde tramita o inquérito.
Prisões anteriores
Policiais durante o cumprimento dos mandados
Polícia Civil
No dia 18 de fevereiro deste ano, seis pessoas foram presas na operação Blood Diamond, realizada pela Polícia Civil em Coronel Murta, Padre Paraíso e Nova Lima. Quatro delas teriam envolvimento direto nos crimes e duas foram detidas em flagrante por receptação e posse ilegal de arma.
Segundo as informações da PCMG, sete suspeitos de envolvimento direto nos fatos foram identificados, sendo que dois irmãos, de 32 e 38 anos, foram presos na operação juntamente com um terceiro investigado, de 24, em Nova Lima. Um quarto alvo foi preso em Padre Paraíso.
As investigações apontam que esses dois irmãos, naturais de Padre Paraíso e residentes em Nova Lima, obtiveram a informação de um morador de Coronel Murta sobre a venda de pedras preciosas por parte de uma das vítimas. Os irmãos teriam se unido a outras três pessoas da cidade natal deles com o intuito de cometer o roubo. Um sétimo investigado, que teria dado apoio à fuga, também foi identificado.
Além das ordens judiciais de prisão, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, que terminaram com o recolhimento de armas, celulares, pedras preciosas e dinheiro.
A operação Blood Diamond contou com a participação de 42 policiais civis lotados nas delegacias regionais em Pedra Azul e Nova Lima, além da Coordenação de Recursos Especiais (Core).
Entenda o caso
Na manhã do dia 23 de novembro de 2024, quatro homens armados e usando roupas e coletes parecidos com os que são utilizados por agentes de segurança pública se apresentaram como policiais e invadiram uma casa na zona rural de Coronel Murta.
Após o proprietário atendê-los, eles anunciaram o assalto e ainda renderam o sobrinho dele. De forma violenta e com ameaças de morte, o grupo exigia o dinheiro da venda de pedras realizada pelo filho do dono do imóvel.
Ao suspeitar que havia algo errado, o filho do homem, de 24 anos, que morava perto, foi à propriedade do pai e também acabou rendido. Ele foi atingido por um tiro nas costas e morreu no local.
Como não conseguiram encontrar dinheiro na casa, os criminosos foram para outra residência, onde estavam a esposa e a filha da vítima. Eles fugiram no carro da família levando as duas e exigiram que a mulher fizesse contato com familiares pedindo que fizessem transferências em dinheiro, mas as transações não foram efetivadas. Após uma movimentação das Polícia Civil, Militar e Rodoviária Federal, que realizaram um cerco e buscas na região, os bandidos acabaram libertando mãe e filha.
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