‘Bombadeira’ Skalet: Quem é a suspeita de fazer cirurgias plásticas clandestinas em trans e travestis que resultaram na morte de clientes


Conforme investigações, ela fazia viagens para todo o Brasil para realizar aplicações de silicone industrial. Skalet foi indiciada por homicídio e exercício ilegal da medicina. Segundo delegado, presa ainda não tem defesa constituída. Skalet foi indiciada por homicídio e exercício ilegal da medicina.
Polícia Civil
A travesti Skalet, de 53 anos, é suspeita de fazer cirurgias plásticas clandestinas em pessoas trans e travestis, que resultaram na morte de clientes. Segundo a Polícia Civil (PC-PR), ela atuava como “bombadeira”, termo usado para pessoas que não possuem formação médica e aplicam silicone industrial ou outras substâncias para modificação corporal, especialmente em mulheres trans e travestis.
Skalet foi presa na quinta-feira (20) em São Paulo (SP), por ser acusada de estar envolvida na morte de Cristiane Andrea da Silva, no dia 24 de outubro de 2024 em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. Saiba mais abaixo.
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De acordo com o delegado Luis Gustavo Timossi, Skalet tinha como alvos principais pessoas trans e travestis para aproveitar da vulnerabilidade social deste grupo, que tem dificuldade de acesso a procedimentos estéticos regulares.
Ela morava em São Paulo, mas, de acordo com as investigações, fazia viagens para todo o Brasil para realizar as aplicações de silicone industrial. Conforme o delegado, ainda não é possível saber quando ela começou atuar nesses procedimentos, mas a primeira vítima dela foi registrada na cidade de Marília (SP), em 2019.
Skalet foi indiciada por homicídio e exercício ilegal da medicina. Juntos, os crimes têm pena prevista de até 22 anos de prisão pelo Código Penal. A legislação ainda prevê que se o exercício ilegal de medicina é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa.
O delegado afirma que a suspeita ainda não possui defesa habilitada.
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Suspeita de fazer cirurgias plásticas clandestinas em pessoas trans é presa por mortes
Vítima do Paraná pagou R$ 1,5 mil pelo procedimento
Cristiane Andrea da Silva tinha 39 anos
Cedida pela Polícia Civil
Cristiane Andrea da Silva tinha 39 anos e atuava como cabeleireira em Ponta Grossa. Segundo as investigações, ela pagou R$ 1,5 mil pela aplicação de silicone industrial (PMMA), realizado por Skalet.
Ela teve complicações após o procedimento e morreu. Skalet fugiu logo em seguida.
A vítima foi encontrada e socorrida pelo marido, mas morreu durante atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), explica Timossi.
“A vítima faleceu após a aplicação de silicone industrial em seu corpo, em um ambiente descrito pelos peritos como totalmente insalubre e inadequado para procedimentos médicos”, afirma.
Após a morte, a equipe médica acionou a polícia, que conseguiu identificar a suspeita e, agora, prendê-la.
Imagens mostram local em que suspeito fez cirurgia em Cristiane, segundo delegado
Polícia Civil
Material é proibido pela Avisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de silicone industrial para procedimentos estéticos. A substância, que serve para a limpeza de carros e peças de avião e impermeabilização de azulejo, pode causar deformações, dores, dificuldades para caminhar e infecção generalizada.
“Esses procedimentos, realizados de forma clandestina, oferecem alto risco à saúde e podem levar à morte”, afirma o delegado.
Skalet atuava na aplicação de silicone industrial e viajava o Brasil para realizar os procedimentos.
Polícia Civil
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