Valor do dólar dispara 1,2% nesta segunda (7), com escalada da guerra comercial EUA x China

O valor do dólar fechou o dia em alta nesta segunda-feira (7), conforme o Banco Central do Brasil. Pela manhã, a moeda norte-americana estava custando R$ 5,87. Na sexta-feira (4), o fechamento ficou em R$ 5,83.

Valor do dólar fecha em disparada nesta segunda-feira (7), com estresse dos mercados com a guerra comercial entre EUA e China – Foto: Deny Campos/Arte/ND

O dólar atingiu patamar preocupante nesta segunda-feira (7), rompendo a barreira psicológica de R$ 5,90 em meio à tensão global causada pelas novas tarifas comerciais dos EUA. A divisa americana manteve trajetória ascendente mesmo após um breve recuo causado por rumores – posteriormente negados – sobre uma possível pausa de 90 dias nas taxações para alguns países.

Confira o valor do dólar hoje

Dólar comercial

Usado em negociações internacionais e operações financeiras.

Compra: R$ 5,910
Venda: R$ 5,910

Dólar turismo

Voltado para viagens e compras no exterior, sua cotação inclui impostos e taxas.

Compra: R$ 5,940
Venda: R$ 6,120

Às 17h06 (horário de Brasília) desta segunda-feira (7), o dólar à vista operava em alta de 1,24%, cotado a R$ 5,9107 na compra e na venda. Na B3 (Bolsa de Valores brasileira), o dólar para maio, atualmente mais líquido, subia 0,82% com 5.9315 pontos.

O que fez o dólar subir?

Os mercados reagiram com nervosismo às medidas protecionistas de Trump, que já implementou tarifas de 10% para diversos países (incluindo o Brasil) no sábado (5) e prepara taxações específicas de 54% contra a China para quarta-feira (9). A resposta chinesa, com alíquotas de 34% sobre produtos americanos, alimentou temores de recessão global.

A volatilidade do dólar nesta segunda-feira espelhou:

Fatores de Pressão

Entrada em vigor das tarifas globais de 10% de Trump
Anúncio chinês de taxas retaliatórias de 34%
Pedido de Trump por cortes de juros do Federal Reserve
Declaração de Powell indicando manutenção das taxas atuais

Movimentos do Mercado

Dólar chegou a recuar com rumor de trégua de 90 dias
Retomou alta após desmentido oficial
Petróleo em queda e títulos americanos sob pressão

Enquanto o Banco Popular da China (PBoC) sinaliza possíveis cortes de juros, mais de 50 países buscam negociar exceções às tarifas americanas. Investidores como Bill Ackman alertam para riscos de um “inverno nuclear econômico”, mas Trump segue defendendo suas medidas como necessárias para reequilibrar o comércio exterior dos EUA.

O valor do dólar deve manter-se sensível às próximas decisões do Fed e aos desdobramentos dessa guerra comercial que já mostra seus primeiros impactos nos fluxos globais de capitais e mercadorias. Analistas projetam nova rodada de volatilidade para quarta-feira, quando as tarifas específicas contra a China entrarem em vigor.