Homem suspeito de armazenar pornografia infantil no celular é preso em Boa Vista


Ele foi alvo da operação Lobo Mau, em outubro de 2024, e é investigado por estupro de vulnerável. Suspeito deve passar por audiência de custódia Homem foi encaminhado à audiência de custódia
PCRR/Divulgação
Um administrador, de 38 anos, foi preso nesta terça-feira (15) suspeito de armazenar pornografia infantil no celular. A prisão ocorreu no bairro Caranã, em Boa Vista e é um desdobramento da operação Lobo Mau, deflagrada em outubro de 2024.
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Os trabalhos periciais foram finalizados nesta semana e no laudo foi possível concluir que o homem tinha diversos arquivos, em um celular, relacionados a pedofilia. Além dos arquivos no aparelho, foram encontrados aplicativos de armazenamento em nuvem, onde ele guardava os conteúdos, e que serviam para compartilhamento e comercialização do material.
O resultado das perícias revelou um volume elevado de dados no celular do investigado com vasto conteúdo explicito de pornografia infantil, acessados em horários incomuns, no período da madrugada.
👉 O suspeito tem um histórico de crimes relacionados a dignidade sexual contra menores de idade e no ano de 2020 foi condenado por estupro de vulnerável, a 24 anos, quatro meses e quatro dias de prisão em regime fechado, segundo as investigações O homem recorreu da sentença, tentando uma redução da pena, e o processou ainda segue em tramitação.
“Podemos constatar que o material encontrado sem enquadra no que dispõe o “Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”; e no “Art. 241-B: Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”, da lei nº 11.829/2008 (ECA- Estatuto da Criança e Adolescente)”, disse a delegada Jaira Farias, da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA).
A Justiça decretou a prisão dele. O suspeito foi localizado e encaminhado à sede da DPCA para a formalização da prisão e posteriormente ser apresentado na audiência de custódia.
Operação Lobo Mau
A operação foi deflagrada em outubro de 2024. Na ocasião, a Polícia Civil de Roraima realizou uma ação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, em São José do Rio Preto, e a Polícia Civil do Estado de São Paulo, e cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma residência no bairro Caçari, em Boa Vista.
No local, foram apreendidos um notebook, três celulares, três unidades de estado sólido (SSDs) e quatro pendrives. Os materiais foram encaminhados para análise pelo Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, e, uma parte deles, foi destinada para o Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida (ICPDA).
A operação recebeu este nome em referência justamente ao criminoso predador sexual que se esconde atrás de uma fachada de normalidade para se aproximar da vítima, ganhar a confiança dela e depois atacá-la, situação que é potencializada enormemente no ambiente virtual, onde as pessoas não se veem.
No ano de 2024, a operação cumpriu 94 mandados de busca e apreensão e um de prisão. A diligências foram realizadas nos Estados da federação e no Distrito Federal, entre eles Roraima, reforçando a importância da atuação coordenada no combate aos crimes de exploração infantil em plataformas digitais e redes sociais.
No Estado de Roraima, a operação teve como objetivo desarticular uma rede criminosa de exploração sexual infantil com alcance nacional.
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