Após cinco dias, abastecimento de água começa a ser normalizado em Rio Branco


Abastecimento está comprometido desde quinta-feira (17). Nesta segunda (21), Saerb informou que na ETA II a distribuição foi normalizada e segue operando com 1.020 litros por segundo. Balseiros se acumularam próximo à bomba de captação das ETAs I e II
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Reduzido desde quinta-feira (17), o abastecimento de água de Rio Branco começou a ser normalizado nesta segunda (21) com a Estação de Tratamento de Água II (ETA II) captando 1.020 litros por segundo. Já a ETA I deve voltar a capacidade normal até o final da tarde.
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Em nota, o Serviço de Água e Esgoto de (Saerb) informou que em alguns bairros a distribuição de água só será normalizada na quarta (23). Confira as regiões que começaram a receber água nesta segunda:
Adalberto Sena, Xavier Maia, Vanderlei Dantas, Loteamento Céu Azul, Residencial Juruá, Residencial Envira, Reserva do Bosque, Bairro Novo Cruzeiro, Regional do Calafate, Portal Ipê, Chácara Ipê, Ufac, Into e Universitário.
Veja, abaixo, como fica o esquema para os próximos dias:
Regiões em que a água deve cair nesta terça (22): Placas, Raimundo Melo, Rua Joaquim Macedo, Oscar Passos ll, Reserva do Bosque, Regional Central da Cidade, parte alta da Base, Morada do Sol, Adalberto Aragão.
Regiões em que a água deve cair na quarta (23): Tancredo Neves, Alto Alegre, Vila Nova, Loteamento Novo Horizonte, Sta Mônica, Reserva do Bosque, Bairro Novo Cruzeiro e Conjunto Mulateiro.
Na última sexta (18), o Saerb anunciou a paralisação da ETA I por conta dos balseiros que se acumulavam próximo à bomba de captação no Rio Acre. Porém, os bairros que recebem água da ETA I começaram a ficar sem água um dia antes do anúncio.
Balseiros se acumulam em bomba de captação da ETA I em Rio Branco
Na ETA II, a captação de água também está comprometida devido a subida do nível das águas. O Saerb f
Na ETA II, a captação de água também ficou comprometida devido à subida do nível das águas. Com isso, a distribuição de água para regionais atendidas, como todo Segundo Distrito e parte do primeiro, estava reduzida.
Ainda na nota, o Saerb disse que a região do Segundo Distrito segue com a distribuição de água comprometida.
Em março deste ano, as duas estações de tratamento tiveram que paralisar as atividades e pelo menos 300 mil moradores da capital ficaram sem fornecimento de água.
O nível do Rio Acre começou a apresentar elevação no nível a partir de terça (15), quando as águas marcavam 7,41 metros. O manancial ultrapassou os 10 metros na sexta (18) e chegou a 11,05 metros no sábado (19).
Sistema em colapso
Nos últimos anos, o sistema de abastecimento de água da capital tem enfrentado diversos problemas e chegou a entrar em colapso em alguns momentos. A capital acreana é abastecida por duas estações de tratamento de água, ETA I e ETA II, ambas apresentaram diversas falhas desde março de 2024.
A ETA II abastece todo o Segundo Distrito e parte do primeiro, um universo de mais de 250 mil pessoas espalhadas por mais de 50 bairros e o equivalente a 60% da área urbana da capital. Em julho do ano passado, parte da estrutura desabou após sofrer com erosões constantes desde que as águas do Rio Acre baixaram após a enchente de 2024. Ninguém se feriu.
Novas situações que prejudicaram o fornecimento de água para a população ocorreram nos meses seguintes.
Já em março deste ano, durante a enchente mais recente do Rio Acre, a ETA II ficou sem captação de água a partir do dia 11 após a forte correnteza do manancial e um tronco de árvore virarem uma bomba flutuante, segundo o Saerb. A expectativa era de que a situação normalizasse em 24h, o que não ocorreu.
No dia 24 de março, o governo federal anunciou o envio de R$ 9,5 milhões em recursos para a aquisição de bombas centrífugas utilizadas no saneamento básico. Antes disso, em dezembro do ano passado, o ministro da Integração, Waldez Góes, anunciou quase R$ 17 milhões para reconstrução da estação.
Problemas na ETA I
Responsável por abastecer os 40% restantes da capital acreana, a ETA I também sofreu passou por problemas. Em fevereiro deste ano, um deslizamento de terra na captação da estação interrompeu o serviço.
Já no dia 13 de março, a correnteza do Rio Acre levou a bomba flutuante da ETA I. Na manhã seguinte, o equipamento foi encontrado em frente ao bairro Base, área central de Rio Branco.
As duas estações de tratamento tiveram que paralisar as atividades e pelo menos 300 mil moradores da capital ficaram sem fornecimento de água. A maior cidade do estado tem cerca de 380 mil habitantes, ou seja, praticamente toda a cidade ficou afetada.
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O retorno parcial do funcionamento das estações iniciou no dia 17 de março, com apenas 67% da capacidade funcionando. A ETA I, que foi religada primeiro, é responsável por 40% do abastecimento de água na capital, porém, alguns bairros continuaram sem água em Rio Branco.
O envio dos recursos foi autorizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e publicado no Diário Oficial da União (DOU). O envio dos recursos foi oficializado após a apresentação de um plano de trabalho do município e também depois do reconhecimento da situação de emergência na capital.
Como parte do uso do recurso, quatro novas bombas foram instaladas na Estação de Tratamento de Água (ETA II) e um carregamento com novas tubulações chegaram no dia 26 de março.
VÍDEOS: g1
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