Stefanutto é o segundo presidente do INSS a ser demitido durante o governo Lula

Anterior ocupante do cargo e também escolhido por Lula, Glauco Wamburg foi exonerado ainda em 2023 por suposto uso irregular de passagens pagas pelo governo. Stefanutto é 2° presidente do INSS a cair no governo Lula
Alessandro Stefanutto, demitido da presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nessa quarta-feira (23), após uma operação que revelou um esquema de fraudes no órgão, é o segundo presidente do INSS a cair no atual mandato de Lula, em razão de suspeitas de irregularidades.
Anterior ocupante do cargo e também escolhido por Lula, Glauco Wamburg foi exonerado ainda em 2023 por suposto uso irregular de passagens e diárias pagas pelo governo.
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Segundo Valdo Cruz, colunista do g1, a relação entre Lula e Lupi está desgastada após ministro evitar demitir Stefanutto, durante coletiva, no fim da manhã.
Na ocasião, presidente do PDT e ministro da Previdência disse que a indicação de Stefanutto para chefiar o INSS era de “inteira responsabilidade” dele.
Fraudes no INSS
Stefanutto foi retirado do cargo após uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), revelar desvios de recursos a partir de descontos no benefício de aposentados e pensionistas do INSS.
➡️Segundo a investigação, os suspeitos retiravam dos beneficiários valores mensais, como se eles tivessem se tornado membros de associações de aposentados, quando, na verdade, não haviam se associado nem autorizado os descontos.
A orientação pela demissão foi do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A exoneração saiu em edição extra do Diário Oficial da União, assinada pela atual secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior. O ministro titular, Rui Costa, está de férias.
O nome do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, não aparece no ato de exoneração.
Além de Stefanutto, outros quatro servidores do alto comando do INSS foram afastados dos cargos. A PF e a CGU afirmam que os servidores do órgão afastados se omitiram, portanto, não agiram para impedir as fraudes bilionárias, entre 2019 e 2024.
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Servidores afastados
Stefanutto, o presidente demitido do INSS, é servidor de carreira desde 2000 e, até pouco tempo, era filiado ao PSB. Atualmente, está filiado ao PDT, de Carlos Lupi, responsável por sua indicação ao cargo.
Os outros cinco afastados das funções cautelarmente pela Justiça foram:
o procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho;
o coordenador-geral de Suporte ao Atendimento ao Cliente do INSS, Giovani Batista Fassarella Spiecker;
o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, Vanderlei Barbosa dos Santos;
o coordenador-geral de Pagamentos e Benefícios do INSS, Jacimar Fonseca da Silva;
o sexto é um servidor da Polícia Federal que colaborava com as fraudes, mas não teve o nome divulgado.
Anterior ocupante do cargo e também escolhido por Lula, Glauco Wamburg foi exonerado ainda em 2023 por suposto uso irregular de passagens e diárias pagas pelo governo.
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