Seu Imposto de Renda pode ajudar a salvar vidas no Hospital Pequeno Príncipe


As doações via IR não têm custo para os contribuintes e ajudam a viabilizar milhares de atendimentos e cirurgias para crianças de todo o Brasil. O prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda termina no dia 30 desse mês, e contribuintes que desejem transformar parte de seu imposto em solidariedade têm uma oportunidade valiosa. Quem utiliza o formulário completo pode realizar doações via renúncia fiscal para projetos de instituições filantrópicas como o Hospital Pequeno Príncipe.
A defasagem na tabela do SUS é um dos principais desafios para o equilíbrio financeiro de hospitais filantrópicos, já que ela estabelece valores de remuneração dos serviços muito abaixo da realidade de mercado. Uma consulta com um médico especialista, por exemplo, é tabelada em R$ 10 no SUS, entretanto em um hospital particular chega a custar R$ 650. O valor de uma tomografia de crânio com sedação na rede particular ultrapassa R$ 3,7 mil, enquanto o repasse do SUS aos hospitais tem o valor de R$ 112,59.
Em mais um ano desafiador para os hospitais filantrópicos que atendem ao Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Pequeno Príncipe teve a demonstração, em 2024, a força do apoio de todos os setores para a continuidade de seus serviços. A instituição registrou um déficit operacional de R$ 43 milhões na assistência, mas conseguiu manter a qualidade dos atendimentos com o apoio de doações, que corresponderam a 17,6% da sua receita bruta.

Divulgação – Camila Hampf
Vidas transformadas
Mesmo diante do desafio financeiro, o Pequeno Príncipe tem encontrado na sociedade o apoio necessário para manter a oferta de atendimento qualificado, com um parque tecnológico atualizado, medicamentos de ponta e uma infraestrutura em constante melhoria. Referência no atendimento pediátrico de alta e média complexidade, a instituição realizou cerca de 240 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias, 293 transplantes e transformou inúmeras vidas somente no ano passado.
Uma delas foi a de Everthon Santana dos Santos, que, com apenas 27 dias de vida, recebeu o diagnóstico de anemia falciforme na sua cidade natal, Ubaíra (BA). A condição genética grave exige tratamento contínuo. E desde bebê, Everthon e a mãe, Rozangela, viajavam 270km todos os meses até Salvador para que o ele pudesse fazer transfusão de sangue, que é um dos tratamentos para a doença. No início de 2024, quando o menino já estava com sete anos, exames apontaram um risco iminente de AVC, e a única solução definitiva seria um transplante de medula óssea (TMO).
Como o procedimento é de alta complexidade e não estava disponível no seu estado de origem, Everthon foi encaminhado ao Pequeno Príncipe, referência nacional em transplantes pediátricos. Seu transplante foi o de número 500 do hospital, um marco significativo para a instituição, que realiza cerca de 60 TMOs por ano e é responsável por 12% dos transplantes de medula óssea pediátricos no Brasil.
“Eu achava que o transplante era uma coisa simples, mas é um processo bastante intenso. A equipe que cuidou de nós é maravilhosa, e todo nosso tratamento foi pelo SUS. O que também fez toda a diferença foi termos tudo aqui dentro do Hospital, desde alimentação, medicamentos, acompanhamento com professora, dentista, nutricionista e muito mais. Só temos a agradecer”, relata Rozangela Borges dos Santos, mãe do menino.
O impacto das doações
Apesar de o potencial de destinação do Imposto de Renda de pessoas físicas ser superior a R$ 14 bilhões no Brasil, no ano passado apenas 2,43% desse montante foi efetivamente direcionado para projetos sociais. Em 2025, quem apoiar o Pequeno Príncipe vai contribuir com o projeto Saúde Integral III, que tem como objetivo a oferta de assistência em saúde, com qualidade e humanização, por meio do atendimento clínico-hospitalar, ambulatorial, psicossocial, terapêutico e odontológico, associado a atividades educacionais, culturais e lúdicas, e apoio às famílias. Essas iniciativas efetivam os direitos fundamentais de crianças e adolescentes em tratamento no Pequeno Príncipe.
“O Hospital é uma pequena cidade que acolhe crianças e famílias no momento mais difícil da sua vida. Por isso, precisamos de tudo: de profissionais de saúde, de higiene, de cozinha, de professores, de arte, de música e de muito mais, porque a gente precisa que a vida continue. Buscamos oferecer tudo a que a criança tem direito, e os direitos precisam ser para todos. E é isto que estamos fazendo juntamente com nossos apoiadores: não apenas viabilizando chances de vida, mas oportunizando que essas famílias e suas crianças tenham momentos únicos de vida e de amor”, enfatiza a diretora-executiva da instituição, Ety Cristina Forte Carneiro. Entre as principais formas de apoio estão os aportes via leis de incentivo fiscal, doações diretas, patrocínios e repasses governamentais.
Como destinar o Imposto de Renda
As doações podem ser realizadas diretamente na declaração do Imposto de Renda, por meio do Fundo da Infância e Adolescência (FIA). O processo é simples e não representa custo adicional ao contribuinte:
é necessário optar pelo formulário completo da declaração;
independentemente de o contribuinte ter IR a pagar ou a restituir, a doação é vantajosa: para quem tem imposto a pagar, o valor doado é abatido do total devido, e para quem tem imposto a restituir o valor da doação é somado à restituição;
a doação é feita diretamente no programa da Receita Federal, que emite um DARF de doação com o valor permitido;
o pagamento do DARF deve ser efetuado até o dia 30 de maio.
É importante lembrar que, para o recurso ser repassado ao Hospital Pequeno Príncipe, é necessário enviar o DARF pago e o comprovante para [email protected], com a frase “Doação direcionada aos projetos do Hospital Pequeno Príncipe” no e-mail.
Para mais informações sobre o passo a passo de doação do IR, o contribuinte pode acessar o site ou entrar em contato com a equipe do Hospital Pequeno Príncipe pelo WhatsApp (41) 99962-4461 ou pelo telefone (41) 2108-3886.

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