‘Partido mais à direita do Brasil, mas sem extremismo’: presidente revela atual fase do Novo

Presidente do partido Novo

Presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro – Foto: Patrícia Costa/ND Mais

O presidente do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou em entrevista exclusiva ao portal ND Mais que a legenda vive hoje a melhor fase de sua trajetória. Segundo ele, o partido alcançou maturidade política, se firmando como “o mais à direita do Brasil” e sem “nunca ter sido extremista”.

Mesmo com pouco tempo de estrada, o registro oficial saiu em 2015, o Novo já marca presença em diversos estados, com prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais. E a meta, segundo Eduardo, é crescer ainda mais nas eleições de 2026.

Economia liberal e reação ao PT: as raízes do partido

O presidente do partido Novo relembrou que a ideia de criar a legenda surgiu em 2010, ainda no início do governo Dilma Rousseff. Na época, segundo ele, já era visto que as decisões econômicas do PT colocariam o país em risco. “Se via muito claramente que as escolhas econômicas do PT levariam o Brasil a bancarrota e foi o que de fato aconteceu”.

Para ele, o Novo nasceu como uma reação ao modelo econômico petista, que ele classifica como “heterodoxo e ineficaz”. “O Novo é completamente avesso a essas ideias econômicas heterodoxas do PT de Mercadante, Guido Mantega, essa turma toda, porque nunca funcionou, essa é a grande verdade”, criticou.


Presidente revela atual fase do Novo – Vídeo: ND Mais

O presidente do partido Novo defende que a sigla tem como base o liberalismo econômico, mas uma visão que vai além do mercado: “É uma visão ampla de liberdade”. Para ele, a liberdade do indivíduo diante do Estado é importante, inclusive nos direitos civis, como a liberdade de expressão.

O liberalismo econômico é uma teoria política, econômica e social que defende o livre mercado, o direito à propriedade privada e a liberdade individual das pessoas. Para alcançar esses ideais, a teoria defende que o Estado deve interferir pouco na sociedade, para fomentar a competitividade econômica com base na livre concorrência, no auto interesse e na responsabilidade.

Voluntários do Novo em ação de divulgação do partido, em 2015 – Foto: Alex Ameida/Reprodução

“O Novo sempre vai defender liberdade de expressão e de liberdade de imprensa para quem quer que seja, até porque nós defendemos que, tal qual serviços e produtos, as ideias também precisam circular e precisam ser justamente refutadas e não abafadas como muitas vezes o poder autoritário quer fazer”, disse.

Direita mas sem extremismo, diz presidente do partido Novo

Eduardo Ribeiro fez questão de reforçar onde o partido se posiciona no tabuleiro político: na direita. “Sempre fomos à direita. Aliás, somos o partido mais à direita do Brasil”, afirmou. Ainda assim, afastou qualquer rótulo de extremismo.

Para o presidente da sigla, ser radical não tem a ver com posição ideológica, mas com a forma de fazer política, algo que o Novo, segundo ele, evita.

“O extremismo é diferente, ele diz respeito à agressividade com o que você quer fazer as mudanças ou a forma com que você quer vencer o debate público. O Novo nunca foi extremista”, disse.

Presidente do partido Novo diz que sigla nunca foi extremista – Foto: Novo/Divulgação

Apesar de reunir correntes diversas, de liberais a conservadores e libertários, o presidente do Novo afirmou que a sigla mantém uma forte unidade no parlamento.

“O Novo dá essa abertura para questões de foro íntimo e religioso. Cada parlamentar tem o direito de se posicionar da forma como bem entender, mas a tese geral, a visão de estado menor e limitado, isso prevalece para todas as pessoas que são membros do Novo”, concluiu o presidente do partido Novo.

De olho em 2026, o Novo aposta na fidelidade aos valores e na coerência ideológica como caminho para ampliar a atuação na política brasileira.

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