Comerciantes reclamam de desbarrancamento no Centro de Rio Branco e pedem providências para evitar prejuízos


Desbarrancamentos no Calçadão da Gameleira e Raimundo Escócio prejudicam comércio na região. Situação apresentou piora após cheia do Rio Acre. Com rachaduras no Calçadão, comerciantes se sentem prejudicados
O tamanho da rachadura mostra o quanto a calçada do novo mercado velho já cedeu. O comerciante Raimundo Nonato reclama e pede providências.
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“Tome uma decisão por nós comerciantes, e faça uma reforma definitiva nessa região. O que vem acontecendo é que as pessoas não vêm aqui porque tem preocupação com a estrutura que está deficitária, mas graças a Deus com o sistema de entregas estamos vencendo essa situação”, reivindica.
No Calçadão Raimundo Escócio, esse problema já é antigo. Em alguns pontos do calçadão, a terra já cedeu mais de um palmo em relação ao nível das lojas no local. Quem passa pelo local, se depara com uma espécie de degrau formado pelo deslocamento do solo.
O acesso às lojas fica mais difícil, o que gera riscos de acidentes com os pedestres. A vendedora Rayani Bernardo trabalha em uma das lojas há pouco mais de uma semana e já sofreu um acidente transitando no calçadão.
“Eu fui descer da loja por conta que tava abrindo ali, eu pisei, torci o pé, o pé inchou, eu estava vindo trabalhar mas estava muito inchado. Eu fui no hospital, mas aí é uma burocracia porque cada vez mais está cedendo, e ninguém faz nada. Dificulta tudo pra quem vem trabalhar, pra quem vende, a população toda. Afeta, porque as pessoas têm medo de entrar, com medo de desabar ou de ceder mais ainda”, reclama.
Por meio de nota, a Secretaria de Obras Públicas (Seop) informou que uma equipe técnica vai realizar uma vistoria na região do Novo Mercado Velho para verificar se o problema foi agravado por conta da alagação. A secretaria informou ainda que houve uma manutenção nas peças de madeira antes da cheia.
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Reprodução
Situação após cheia
Desde abril, o Calçadão da Gameleira está parcialmente interditado por conta de um processo de erosão detectado no local após a cheia do Rio Acre. Apesar de já ter chegado a 30 metros de fissura, a Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop) ainda avalia os danos para estabelecer os reparos a serem feitos.
O diretor de projetos da Seop, Esteferson Rocha, afirmou à Rede Amazônica Acre que a interdição do local seria ampliada para o início das obras.
“Então, hoje a secretaria faz um trabalho técnico de avaliação da erosão que vem sendo causada após a alagação na Gameleira. E essa avaliação vai poder determinar quais serviços são necessários para que nós tenhamos a contenção preventiva da Gameleira. E a nossa previsão é que a partir de sexta-feira nós possamos iniciar um isolamento maior dessa área e começar os trabalhos preventivos”, informou.
Depois que um processo de erosão foi detectado na Gameleira, a Defesa Civil da capital acreana pediu a interdição parcial do trecho mais danificado após a cheia do Rio Acre. Com a vazante do rio, o solo da região começou a apresentar sinais de movimentação. Segundo o tenente coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, a fissura no local chega a cerca de 30 metros.
O local ficou encoberto pelas águas do Rio Acre durante a cheia histórica, e agora apresenta problema comum após enchentes. De acordo com o coordenador, a tendência é que a situação se agrave e é preciso monitoramento constante do espaço.

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