Um mês após inauguração, mais de 3,5 mil pessoas já visitaram Museu dos Povos Acreanos em Rio Branco


Espaço foi aberto no dia 6 de agosto após 6 anos de construção. Local fica aberto de quarta a domingo e há opção de visita guiada. Museu foi inaugurado no dia da Revolução Acreana após 6 anos de construção em Rio Branco
Luana Rodrigues/Rede Amazônica Acre
Inaugurado no dia 6 de agosto, o Museu dos Povos Acreanos já recebeu mais de 3,5 mil visitantes até a metade do mês de setembro, de acordo com estimativa da arquiteta responsável pelo espaço, Aurinete Malveira. Após seis anos em construção, o local fica aberto de quarta-feira até domingo e também conta com visitas guiadas.
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Aurinete ressalta que as catracas na entrada do local não haviam sido instaladas, mas é possível fazer a estimativa através dos registros de visitas guiadas, que são 2,5 mil, junto à estimativa do restante das visitações. A arquiteta explica ainda que durante a semana, o público mais jovem costuma comparecer ao museu, enquanto nos fins de semana a maior parte dos visitantes é formada por famílias.
“O espaço do Museu dos Povos Acreanos é aberto de quarta a domingo, das 9h às 18h, tendo visitação guiada ao público nos horários de 10h, às 14h e às 16h. Então, nesses três horários, nós temos os guias que fazem a visitação guiada, vai contextualizando melhor ainda, as salas. Nós temos, durante a semana, um público mais jovem visitando. No final de semana, é um público mais de família, as famílias vêm e procuram o nosso espaço no sábado e no domingo”, avalia.
O museu foi construído em um prédio da década de 60, onde anteriormente funcionava uma escola. Os ladrilhos hidráulicos e a capela de Nossa Senhora das Dores foram mantidos no espaço, que hoje é um dos principais museus da capital acreana. Também há espaço de café, átrio interno, auditório e praça.
No último dia 6 de setembro, antes do feriado prolongado, a página do museu em uma rede social publicou um comunicado para avisar que o local precisaria ser fechado para manutenção, e que só retornaria no dia 13. O anúncio causou polêmica, com vários comentários questionando a escolha pelo período de feriado para os reparos.
A arquiteta destaca que as visitas já foram retomadas, e que há uma programação especial em alusão à campanha Setembro Amarelo terá palco no museu.
“Temos umas 3.500 pessoas que já passaram aqui nesse mês e meio, é um número bem expressivo, graças a Deus. Nós temos também o nosso auditório que tem sido solicitado pelas secretarias e por outros artistas para poder fazer algumas palestras. Já temos uma agenda cultural acontecendo aqui no Átrio, Catraia, e na Praça Meandros. No dia 24, nós vamos ter um desfile aqui do Setembro Amarelo, e essa Praça Meandros vai ser ocupada com esse evento”, destaca.
Comunicado sobre fechamento do museu durante o feriado recebeu comentários de reprovação na internet
Reprodução
Caixa com mensagens que será aberta em 2120, réplica do Purussaurus e sala interativa
Uma réplica do Purussaurus brasiliensis está no museu
Tácita Muniz/g1
Uma das primeiras salas conta com as personalidades acreana, onde você conhece acreanos que fizeram história dentro e fora do estado. Em cada painel, há uma mini biografia de cada acreano.
A sala interativa é uma das mais procuradas. Com caça-palavras de acreanês, as pessoas conhecem as gírias do estado e podem completar o caça-palavra com o jeitinho acreano de falar. Nessa mesma sala, há pinturas que retaram a era de borracha e faz referência aos seringueiros.
Foi também disponibilizado para o espaço, pela Universidade Federal do Acre (Ufac), uma réplica do Purussaurus brasiliensis, conhecido como lagarto do Rio Purus, que viveu na Amazônia há mais de 8 milhões de anos, considerado o maior crocodilo do mundo já registrado.
O que estudos apontam, até o momento, sobre o Purussaurus brasiliense, que ele seria um parente distante do jacaré-açu. Ele ocupava a Amazônia ocidental e foi o maior crocodilo já registrado em todo o mundo.
Há um espaço totalmente dedicado ao líder seringueiro Chico Mendes. Nessa sala, há um monumento, uma caixa, que guarda mensagens escritas em 2010. No dia 22 de dezembro de 2010, data que marcou os 20 anos do líder seringueiro, a Biblioteca da Floresta, na época sob direção de Edgar de Deus, selou uma caixa contendo mais de 5 mil cartas, desenhos e depoimentos de crianças, jovens, adultos e idosos inspirados na “Mensagem para o Futuro”, escrita por Chico Mendes. A caixa só será aberta em 6 de setembro de 2120.
“São mensagens enviadas para um tempo que não veremos. Registros da resistência e a esperança de toda uma geração que lutou para preservar e promover o meio ambiente, dando a sua contribuição para um futuro melhor aos homens e mulheres, povos da floresta, que aqui habitam e sonham”, diz a mensagem abaixo da caixa.
Caixa com mensagens só será aberta em 2120
Tácita Muniz/g1
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