Para combater pobreza menstrual, ação social no AC doa absorventes reutilizáveis


Utilizando matéria-prima nacional, empresa acreana tem objetivo de motivar o consumo consciente focando na saúde e bem-estar feminino. Empresa acreana doa 49 absorventes de pano buscando reduzir impactos ao meio ambiente
Divulgação
A Mãe da Mata é uma empresa do Acre que há quatro anos fabrica e distribui absorventes reutilizáveis para pessoas em situação de pobreza menstrual com o objetivo de transformar hábitos diários para diminuir os impactos ambientais. E em 2024 visa fazer uma doação de mil absorventes de pano em parceria com o projeto Mulheres em Movimento.
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A empresa faz doações anuais para comunidades indígenas, periferias e para mulheres que estão privadas de liberdade, que não possuem acesso ao absorvente convencional, por além de questões financeiras também não conseguem se deslocar dos locais onde moram e sofrem com o problema. Além de absorventes, a empresa também doa fraldas reutilizáveis.
Em 2022 a empresa doou 16 kits de absorvente de pano para mulheres indígenas da aldeia Shanenawá. Já este ano, doou a mesma quantidade para mulheres periféricas que trabalham na Embrapa.
“As pessoas que estão na floresta, os extrativistas, os indígenas, as mulheres periféricas, têm muita dificuldade de acessar esse produto e até o absorvente descartável. Porque como você sai da floresta para ir num mercado? Então essa minha experiência de vida fez com que eu transformasse o meu negócio em, também, num instrumento de transformação da sociedade” explicou Iwlly Cavalcante, idealizadora da empresa Mãe da Mata.
Mulheres reberam doação de absorventes reutilizáveis de empresa do Acre
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Pobreza menstrual
A pobreza menstrual é dada pela falta de acesso a itens de higiene menstrual, como absorventes e coletores menstruais e falta de acesso a redes de saneamento básico.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Johnson & Johnson Consumer Health, em parceria com os institutos Kyra e Mosaiclab, a pobreza menstrual atinge, no Brasil, 28% das pessoas de baixa renda entre os 14 e os 45 anos, correspondente a 11,3 milhões de pessoas, sendo considerado pela ONU, um problema de saúde pública e de direitos humanos.
De acordo com o relatório “Pobreza menstrual no brasil: desigualdades e violações de direitos”, divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas, em maio de 2021, 5,74% das estudantes não dispõem de condições mínimas para cuidados com higiene pessoal.
Além das doações, a empresa comercializa absorventes e fraldas de pano, coletores menstruais e bolsas ecológicas visando o consumo consciente e o combate a pobreza menstrual, reduzindo os impactos ao meio ambiente.
*Estagiária sob supervisão do jornalista Renato Menezes.
VÍDEOS: g1

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