Entenda os sintomas da dengue e quais medicamentos devem ser evitados em caso de suspeita da doença


Especialista explica que doença é febril aguda, sistêmica e dinâmica, e dura entre dois a sete dias. A recomendação é que pacientes evitem a automedicação e busquem unidades de saúde para avaliação médica. SES alerta para o aumento do número de doenças causadas pelo aedes aegypt
Paulo Whitaker/Reuters
Dores de cabeça, no corpo, mal-estar. Esses sintomas estão entre os que costumam ser associados de imediato à dengue. Porém, a doença não se resume a essas manifestações, já que pode se apresentar em formas mais graves.
No Acre, durante o período chuvoso, a luz alerta para o aumento nos casos da doença voltou a ser acesa com a alta na procura por atendimento para suspeitas de infecção. Em 2023, somente a capital Rio Branco confirmou 779 casos, e nenhum óbito causado pela doença foi registrado. Na primeira semana de 2024, são atendidos, em média, 400 casos por dia de suspeita de dengue nas unidades de referência.
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O g1 ouviu uma especialista que falou sobre os sintomas que podem ser sentidos por pacientes da doença transmitida pelo Aedes aegypti e que teve mais de 1,6 milhão de casos em 2023.
Sintomas de dengue
Arte g1
Sintomas
A infectologista Cirley Lobato ressalta que a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, e dura entre dois a sete dias.
A febre é o primeiro sintoma a se manifestar, e, geralmente, permanece acima de 38ºC. A infectologista destaca que, após a picada do mosquito, os sintomas aparecem entre 2 a 10 dias. Alguns pacientes apresentam mais ou menos sintomas.
Também ocorre dor de cabeça, cansaço, dor nos músculos (mialgia), dor nas articulações (artralgia), dor atrás dos olhos (retro-orbitária) e vermelhidão na pele (exantema) com ou sem coceira (prurido). O paciente também pode apresentar náuseas, vômito e diarreia.
Cirley também alerta que a doença pode evoluir para a forma hemorrágica, que é a mais grave, e que pode causar morte.
“Deve-se estar atento aos sinais de alerta, que podem iniciar entre o quinto e sétimo dia de doença, quando a febre diminui, e o paciente começa a apresentar dor abdominal, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, queda da pressão arterial e desmaio, sonolência ou irritabilidade, fígado aumentado maior do que 2 cm abaixo da costela, sangramento de mucosa e aumento progressivo do hematócrito, que a gente vê no hemograma. Se não conduzida de forma adequada, leva a óbito”, alerta a especialista.
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Medicações a serem evitadas
Pacientes que tenham suspeita de dengue devem evitar anti-inflamatórios não hormonais como diclofenaco e ibuprofeno, AAS, e aspirina, segundo a infectologista. Isso porque esses medicamentos elevam o risco de sangramento por provocarem irritação no estômago.
“Para amenizar dor e febre, pode ser usado paracetamol ou dipirona”, acrescenta.
O tratamento, segundo a especialista, deve ser iniciado com repouso e também é recomendado aumentar a ingestão de líquidos. Porém, principalmente, é preciso procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível, já que estão em circulação outros vírus que provocam sintomas semelhantes, como Mayaro, Chikungunya, Mayaro, Oropouche e até Covid.
“Porém, na Chikungunya a dor na articulação com inchaço é mais frequente, no Mayaro tem sensibilidade à luz e a febre é mais baixa. No Oropouche, que na zona urbana é transmitido pelo Culicoides paraensis, conhecido como borrachudo ou maruim, a febre é acompanhada de calafrios. Para todos, não existe um tratamento específico. A orientação é repouso, e aumentar a ingestão de líquido, ficar atento aos sinais de alerta, evitar automedicação e procurar uma unidade de saúde para ser avaliado”, finaliza.
VÍDEOS: g1

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