Em agenda no Acre, ministro Flávio Dino anuncia recurso de R$ 91 milhões para segurança na fronteira


Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cumpre agenda nesta sexta-feira (19) na cidade de Brasileia, que faz fronteira com a Bolívia e Peru. Ministro Flávio Dino em Brasileia, no interior do Acre
Victor Lebre/g1
Durante agenda na cidade de Brasileia, no interior do Acre, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou o repasse de R$ 91 milhões para ações de segurança pública no estado, sobretudo, na região de fronteira. O recurso é do Fundo Nacional de Segurança Pública.
Brasileia está a 232 quilômetros da capital acreana, Rio Branco, e faz fronteira com a Bolívia e Peru. O ministro afirmou que a ida até a cidade marca o início do trabalho com as fronteiras e que a escolha de começar pelo Acre foi justamente pelos desafios que, segundo ele, são “imensos” no que se refere à segurança pública, por conta da posição geográfica e, sobretudo, o incremento do tráfico de drogas em dimensão global, mundial.
“Nós temos destinados ao estado do Acre, neste momento, R$ 91 milhões que estão disponíveis ao governo do estado do Acre para que ele possa com esse recurso do Ministério da Justiça decidir o melhor destino, ou seja, esse dinheiro, esse recurso pode ser usado para viaturas, armamentos, pode ser usado para atividade de valorização profissional e nós queremos, vice-governadora, que a senhora transmita ao governador e à toda equipe uma mensagem: Gastem o dinheiro rápido, porque na hora que as senhoras e os senhores gastarem eu consigo mais. Nós queremos que haja essa velocidade porque nós sabemos das urgências, então temos esses anúncios, que são sinais concretos, sinais práticos”, disse o ministro.
Além disso, Dino fez a entrega de 20 viaturas para as delegacias da mulher do estado do Acre e reforçou que os veículos devem ser usados para as patrulhas Maria da Penha, destinadas ao combate da violência contra a mulher e contra o feminicídio. Também foram entregues equipamentos e armamentos.
O ministro chegou na cidade do interior do Acre por volta das 9h. Após a entrega das viaturas e equipamentos, ele participou de seminários sobre enfrentamento aos crimes nas fronteiras.

Guerra de facções na fronteira
Há um ano, a região do Alto Acre na fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia vive um clima de tensão, com enfrentamentos entre grupos criminosos. Segundo a Segurança Pública do Estado, o motivo foi a morte de um traficante, chefe de uma facção na Bolívia, em abril do ano passado.
A ordem para o assassinato, segundo o secretário de Segurança do Acre na época, coronel Paulo Cézar, partiu de dentro do presídio da cidade boliviana de Riberalta e, após o crime, vários ataques foram registrados tanto no país vizinho quanto nas cidades acreanas que estão na fronteira.
“A guerra iniciou na Bolívia e envolve o domínio das rotas de tráfico de dentro do território boliviano e também acreano, em especial no Alto Acre. Apesar de ter um rio que separa, são cidades gêmeas, que têm uma integração econômica, social e, consequentemente, criminal também. Tanto que uma das maiores dificuldades na atuação das forças policiais é o fato de eles [criminosos] ficarem migrando de um território para o outro. Todas as mortes que ocorreram no Alto Acre têm ligação com esse confronto entre facções”, afirmou o então secretário.
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