Após fim da greve dos professores, aulas na Universidade Federal do Acre retornam na próxima segunda (15)


Conselho Universitário (Consu) reajustou o calendário estudantil nesta terça-feira (9). Período de matrículas dos novos estudantes começa na quinta (11) e segue até domingo (14). O ano letivo de 2024 está previsto para terminar em abril de 2025. Aulas na Ufac voltam na segunda-feira (15) após fim da greve
Asscom Ufac
Com o fim da greve dos professores, o Conselho Universitário (Consu) da Universidade Federal do Acre (Ufac) reajustou o calendário estudantil e decidiu que o retorno das aulas será na próxima segunda-feira (15). O Consu se reuniu nessa terça-feira (9).
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O período de matrículas dos novos estudantes começa nesta quinta (11) e segue até domingo (14). O ano letivo de 2024 está previsto para terminar em abril de 2025.
A greve dos professores terminou no último dia 3, após quase três meses. A categoria retornou às atividades na última segunda (8). Os docentes iniciaram o movimento em 29 de abril reivindicando reestruturação da carreira, recomposição salarial e orçamentária e revogação de normas aprovadas nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
Os professores buscavam também a recomposição no quadro de servidores, construção do Hospital Universitário, criação de uma moradia estudantil para alunos de cidades do interior, debate permanente sobre políticas de combate ao assédio moral dentro da universidade e melhorias para o Colégio de Aplicação.
O comando nacional decidiu pelo fim da greve dos professores de universidades federais no dia 23 de junho. Os técnicos administrativos, que aderiram ao movimento nacional no dia 11 de março, aceitaram a proposta do governo federal e também suspenderam a greve no dia 23 deste mês. Os servidores retornaram às atividades no último dia 2.
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Termo de compromisso
Durante uma assembleia geral, no dia 25 de junho, os educadores decidiram por 52 votos a 33 que o retorno das aulas estava condicionado à assinatura de um termo de compromisso, no qual a administração da Ufac deveria se comprometer a atender as pautas locais.
O termo de compromisso apresentado inicialmente pela Associação dos Docentes da Ufac (Adufac) elencava 37 itens. Eram exigências administrativas, educacionais e sociais.
Entre elas, os docentes pediam que fosse revisto o plano diretor da universidade, que fossem revogadas resoluções que implementam cobrança de taxas para alguns serviços na instituição, cobram a construção de creche para receber os filhos de docentes e técnicos, melhoria da conexão de internet nos campi, contratação de mediadores para auxílio a estudantes com deficiência, contratação de cuidadores para atuar no Colégio Aplicação e outras.
O documento não foi assinado por conta do formato do documento. Diante da negativa, o comando de greve reformulou o termo e entregou novamente na última segunda com as seguintes pautas:
Melhorias na alimentação no almoço e lanche da tarde dos alunos
Melhorias na segurança
Transporte para a educação física em outros locais
Apuração das denúncias de assédio sexual feitas pelos estudantes
No dia 1º de julho, o comando de greve no Acre entregou um novo termo de compromisso com as propostas dos servidores à reitoria da Ufac. Os docentes chegaram a propor que só encerrariam a greve se a reitora Guida Aquino assinasse o termo.
Contudo, a reitora não assinou o documento. “Por três vezes, nós protocolamos. Decidimos que essa intransigência da reitora não poderia prejudicar ainda mais a comunidade acadêmica. Então, deliberamos pela suspensão da greve entendendo que há muitas conquistas feitas e que vamos cobrar nos pós-greve para que tudo seja encaminhado”, explicou a porta-voz do comando de greve local, professora Raquel Ishii.
Em nota, a reitoria argumentou que não assinou o documento porque havia pontos ‘que não eram possíveis de serem atendidos e algumas pautas dependem de um debate amplo com toda a comunidade e não apenas com alguns docentes do comando de greve’. Esclareceu ainda que algumas questões envolvem o governo federal, em especial os ministérios da Educação (MEC) e de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
“No entanto, a reitoria assegura que tudo que estiver dentro da legalidade e das possibilidades da Ufac serão debatidas por toda a comunidade universitária nos fóruns adequados. A reitoria conta com a compreensão e o apoio de todos para que este momento possa ser superado e para que o trabalho em prol de uma educação de qualidade continue”, alegou.
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