Após pedir salgado em lanchonete, homem mata comerciante a tiros no Acre: ‘trabalhador’, diz filha


Vicente Lima de Aguiar, de 60 anos, foi assassinado a tiros na manhã desta quarta-feira (10) dentro da lanchonete dele na Rua Baguari, bairro Taquari, em Rio Branco. Segundo a polícia, um homem chegou, um pediu um salgado e atirou quando o comerciante foi pegar o alimento. Vicente Aguiar foi assassinado a tiros na manhã desta quarta-feira (10)
Arquivo pessoal

O comerciante Vicente Lima de Aguiar, de 60 anos, foi assassinado a tiros na manhã desta quarta-feira (10) dentro da lanchonete dele na Rua Baguari, bairro Taquari, em Rio Branco. Segundo a polícia, o crime ocorreu depois de um suposto cliente chegar ao local e um pedir um salgado para a vítima.
Ao ser virar para pegar o alimento, o criminoso, que estava do outro lado do balcão, sacou um revólver e atirou pelo menos três vezes contra Vicente Aguiar. O homem morreu antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O g1 conversou com uma das filhas do idoso, que pediu para não ter o nome divulgado, e foi informado que o comerciante estava com a mulher em casa, na parte de cima da lanchonete, quando o suspeito chegou e gritou por ele.
“Estão espalhando várias fake news. Falaram que minha avó passou informações [a outros veículos de comunicação], sendo que ela já morreu há muitos anos. Não temos ideia do que aconteceu. Ele era trabalhador”, confirmou a jovem.
A mulher lamentou ainda a circulação de informações falsas sobre a vida do comerciante. E acredita que os rumores se devam a um relacionamento amoroso que uma das irmãs dela teve anos antes com Marcos Cunha Lindoso, mais conhecido por Dragão, um dos cinco assassinados durante a rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em julho do ano passado.
Marcos Cunha, mais conhecido por Dragão, foi assassinado dentro do presídio em julho do ano passado
Arquivo pessoal
Dragão era considerado um dos maiores chefes de uma facção criminosa com atuação no estado e foi preso em São Paulo em 2018. Ele chegou a ser resgatado quando participava de uma feira de artesanato no Centro de Rio Branco, durante atividade externa. Ele tinha condenação por tráfico de drogas e por integrar organização criminosa.
Segundo a jovem, entretanto, o relacionamento entre a irmã e Marcos Cunha terminou há muitos anos e a família não tem envolvimento com facções criminosas.
“Ele foi sogro há muito tempo, ninguém tinha contato com ele [com Marcos Cunha]. Meu pai não tinha envolvimento com isso [com facções], tinha epilepsia, passou por uma cirurgia recentemente, era cardíaco. Meu pai não tinha envolvimento com facção, a gente não tem nada com isso”, afirmou.
O g1 também entrou em contato com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o delegado Alcino Souza disse que estava em diligência para prender o criminoso.
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