Centro-Sul tem risco de novos temporais no fim de semana


Combinação prevista de altas temperaturas e umidade elevada devem criar o cenário perfeito para novas tempestades. Centro -Sul deve ter novos temporais neste fim de semana.
Via-Drones/Divulgação
Após uma sexta-feira com fortes temporais, o Centro-Sul segue com risco elevado para tempestades no fim de semana.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologias (Inmet), a combinação prevista de altas temperaturas e umidade elevada devem criar o cenário perfeito para novos temporais.
⛈️A chuva forte pode vir acompanhada ainda de raios e queda de granizo principalmente em áreas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Na sexta, os temporais já causaram grandes prejuízos. Em São Paulo, por exemplo, a chuva causou grandes alagamentos. Em algumas estações de metrô, os passageiros tiveram que se segurar nas grades para não serem levados pela correnteza.
Novos temporais no fim de semana
Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, explica que, da mesma maneira que aconteceu na sexta, o tempo deve esquentar e as pancadas de chuva são esperadas para a parte da tarde e da noite.
Além disso, no sábado (25), uma frente fria deve se formar, mantendo o risco de temporais na região Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Já no domingo (26), esse sistema deve seguir avançando pelo Sudeste, espalhando os temporais para Minas Gerais, parte do Espírito Santo e também no Centro-Oeste.
A chuva também deve continuar no Norte e no Nordeste, atingindo Amapá, norte do Pará, norte do Maranhã, Acre, Amazonas, Rondônia e até Tocantins.
“Nessas regiões, as pancadas podem ser fortes, mas a tendência é que sejam isoladas e não provoquem muitos danos”, prevê Luengo.
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a responsável pelas chuvas fortes e constantes previstas para esses locais.
👉A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um encontro de ventos na região do Equador. É dos principais sistemas meteorológicos causadores de chuva em parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
As fortes chuvas encerram uma semana com temperaturas recorde em diversas capitais do Sudeste. A altas nos termômetros foram consequência de um fenômeno chamado de aquecimento adiabático (entenda mais abaixo).
Além dos temporais, a expectativa é de uma leve diminuição no calor. Capitais que vinham registrando máximas acima dos 35°C tenham marcas mais próximas aos 30°C.
“As temperaturas devem cair por volta de 4 ou 5 graus neste fim de semana, em comparação ao observado ao longo da semana”, compara Luengo.
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Calor ‘adiabático’
O aumento nos termômetros, principalmente no Sudeste, não tem relação com a onda de calor que esquentou parte do Sul e de Mato Grosso do Sul. Na região, o fenômeno responsável pelo calorão é o “aquecimento adiabático”.
O calor do início da semana na região é uma combinação de três fatores:
Diminuição da nebulosidade e da chuva
Ausência de ventos frios de origem polar
Aquecimento adiabático
Luengo explica que o aquecimento adiabático é um processo natural associado com a presença de montanhas e pode ocorrer em qualquer época do ano.
O fenômeno é muito típico no litoral de São Paulo, quando sopra o vento de noroeste, antes da chegada de uma frente fria, por exemplo. O ar que desce a Serra do Mar, impulsionado por este vento de noroeste, vai aquecer cerca de 1°C a cada 100 metros.
Entre São Paulo e a região da Baixada Santista existe quase 800 metros de diferença de altitude. Se a temperatura na capital está em torno dos 30ºC, com o vento empurrando o ar, o litoral vai registrar temperaturas em torno dos 38ºC.
“Para manter a sua pressão, o ar pode comprimir ou se expandir, e isso altera a sua temperatura. Se o gás é comprimido, ele aquece. Se ele se expande, ele esfria. Neste caso, o ar passou a montanha e comprimiu para manter a pressão e aqueceu”, explica Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo.
O meteorologista usa o desodorante como exemplo para explicar o fenômeno. “Quando apertamos o desodorante aerossol, ele se expande e, para manter a pressão, ele esfria. Por isso sentimos o geladinho. No aquecimento adiabático ocorre o inverso, o ar comprime”.
O que é aquecimento adiabático
Infográfico g1/ Climatempo
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