‘Louva-a-deus’: conheça brasileira acusada de matar 2 parceiros

A brasileira Adilma Pereira Carneiro é acusada da morte de dois companheiros na ItáliaReprodução/Ansa

A brasileira Adilma Pereira Carneiro, de 49 anos, moradora da Itália, é acusada pela Justiça local por dois assassinatos: do ex-marido, Michele Della Malva, em dezembro de 2011, e do seu último namorado, Fabio Ravasio, em agosto de 2024.

Nesta quarta-feira (19), a mulher negou todas as acusações por participação no assassinado do ex-marido perante a Justiça italiana. “Sou inocente, não matei meu marido”, declarou Adilma no interrogatório que durou cinco horas.

‘Louva-a-deus’

Ela foi apelidada pela imprensa local como a “Louva-a-deus de Parabiago“: o inseto é conhecido pelo fato da fêmea matar o macho após copular, e Parabiago é o nome da cidade onde Ravasio morreu, explica agência de notícias Ansa.

Adilma já havia cumprido pena no país por tráfico de drogas, ao ser flagrada com 13 quilos de cocaína. Para as autoridades, as duas mortes têm em comum o envolvimento de supostos amantes em crimes pensados para parecer falecimentos casuais.

Casos parecidos

Adilma e seu último namorado, Fabio Ravasio, que morreu em 2024Reprodução/redes sociais

Seu último namorado, Fabio Ravasio, morreu atropelado quando andava de bicicleta. Para o Ministério Público, no entanto, não se tratou de um mero acidente de trânsito, mas de um assassinato encomendado por Adilma. O julgamento, com outros sete cúmplices, teve início no último 27 de janeiro.

Já o ex-marido, Michele Della, morreu de envenenamento por cocaína e não de ataque cardíaco como se pensava, segundo as investigações obtidas pela Ansa. As autoridades apontam que Adilma mandou o ex-cunhado da vítima e seu suposto amante na época, Maurizio Massè, cometer o crime. 

O homem negou envolvimento na morte e afirmou nunca ter tido uma relação amorosa com a brasileira. Apesar de também negar o caso extraconjugal, Adilma culpou Massè pelo homicídio de 2011.

Mortes visando patrimônio

No caso de 2011, o MP italiano aponta que os dois suspeitos queriam a morte de Della Malva para dividir seu patrimônio que, além de dinheiro, também incluía relógios de luxo e uma mansão, que foi herdada pela viúva.

O casal teve trigêmeos, que supostamente estariam doentes na noite do crime. A brasileira estava com eles no hospital enquanto Massè foi até a casa da vítima e o obrigou a engolir cápsulas de cocaína, aponta a acusação.

Já em 2024, além de planejar o assassinato durante meses, a promotoria afirma que Adilma queria ficar com o patrimônio de seu namorado, avaliado em cerca de 3 milhões de euros, entre propriedades e um comércio em uma cidade local.

A conexão entre os casos foi feita pela promotoria ao investigar a morte de Fabio. As investigações sobre a morte de Michele foram reabertas e constataram a possível nova causa da morte. Atualmente, a brasileira é mãe de nove filhos, de diferentes pais.

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