Biblioteca no interior de SP tem acervo raro, com livros originais do século XIX e até capa com pele de cobra


No Dia Mundial do Livro, celebrado nesta quarta-feira (23), o g1 traz detalhes desses exemplares expostos no Setor de Obras Raras, no Centro de Documentação e Pesquisa Histórica (CDPH) da Universidade de Taubaté (Unitau). Biblioteca da Unitau, em Taubaté (SP), tem mais de mil exemplares raros
Divulgação/Acom UNITAU
Em Taubaté (SP), terra de Monteiro Lobato – o maior escritor infanto-juvenil brasileiro –, uma biblioteca reúne um acervo de obras e exemplares raros na literatura.
No Dia Mundial do Livro, celebrado nesta quarta-feira (23), o g1 traz detalhes desses exemplares, que estão expostos no Setor de Obras Raras, no Centro de Documentação e Pesquisa Histórica (CDPH) da Universidade de Taubaté (Unitau).
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O setor conta com mais de 1 mil obras com certificado de raridade. Entre os exemplares, o destaque é o livro do economista e historiador francês, Émile Levasseur, de 1889, chamado “Le Brésil”, que teve 11 unidades impressas.
A edição exposta no acervo da Unitau é o exemplar de número 11. As edições anteriores a ela serviram para presentear personalidades como Dom Pedro II, Princesa Isabel e Barão do Rio Branco, por exemplo.
Livro ‘Le Brésil’, exposto em biblioteca da Unitau, em Taubaté (SP)
Divulgação/Acom UNITAU
Quem é responsável por zelar por obras como essa, consideradas raras, é a bibliotecária Maria Aparecida Lemos de Souza.
“O nosso contém assinaturas do autor [Émile Levasseur] e do Barão do Rio Branco. Entre as páginas do autor, há uma carta rascunho manuscrita da carta original que foi enviada para Dom Pedro II na Exposição Universal de 1889, em Paris, na França”, explicou ela.
A bibliotecária Maria Aparecida Lemos de Souza, da Unitau
Divulgação/Acom UNITAU
Além do “Le Brésil”, outro livro chama a atenção no acervo da universidade: chamado “Animais Peçonhentos”, ele foi doado pelo diretor do Butantã, em 1945, e tem uma característica incomum dos livros atuais: a capa foi feita com pele de cobra.
Ainda nas ciências biológicas, outro livro também traz história interessante: a narração de uma das primeiras cirurgias de cabeça, onde o paciente morreu devido à falta de ferramentas necessárias. A história ocorreu em 1915, e o nome do livro é “Medicina Legal”.
Manusear as tais obras raras, no entanto, exige um cuidado e um zelo, tanto por parte de quem cuida diariamente deles quanto por quem visita a biblioteca da universidade.
O manuseio é feito através de luvas e máscaras. Isso acontece porque os livros adotam características com o passar dos anos, como falta de suporte, papel quebradiço, entre outros.
Biblioteca da Unitau, em Taubaté (SP), tem mais de mil exemplares raros
Divulgação/Acom UNITAU
O Setor de Obras Raras da Unitau é aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. Para visitar, é necessário fazer o agendamento através do telefone (12) 3635-5166. O espaço está localizado na Rua Expedicionário Ernesto Pereira, nº 140, no Centro.
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