Em meio a protestos, representantes da prefeitura de Rio Branco se reúnem com profissionais de apoio da Educação


Servidores estão em greve desde a última quarta-feira (19) e exigem equiparação de salários com os professores da rede municipal de ensino. Durante um protesto na sede da prefeitura, manifestantes tentaram entrar no prédio e o prefeito Tião Bocalom deixou o local, na contramão da Avenida Getúlio Vargas. Manifestantes seguem reunidos em frente à prefeitura de Rio Branco nesta terça-feira (25)
Divulgação/Sinteac
Após um protesto que acabou em confusão quando servidores de apoio da educação municipal tentaram entrar na sede da prefeitura de Rio Branco, representantes da gestão municipal devem se reunir com os profissionais nesta terça-feira (25).
A informação foi divulgada pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, e confirmada ao g1. O prefeito Tião Bocalom (Progressistas) está em viagem a Brasília, e deve ser representado pelo prefeito em exercício, Raimundo Neném, que é presidente da Câmara de Vereadores.
“Às 11 horas vamos nos reunir com o prefeito em exercício, Raimundo Neném, e às 17 horas vamos nos reunir com a Casa Civil”, disse.
O g1 entrou em contato com o prefeito em exercício, e não obteve retorno até esta publicação.
Protesto e confusão
Servidores da Educação protestam em frente à prefeitura da capital e Bocalom foge
Um grupo de servidores de apoio da Educação protestava em frente à sede da prefeitura de Rio Branco nesta segunda-feira (24), quando decidiu entrar no prédio para falar com o prefeito Tião Bocalom. A entrada foi impedida pelo Gabinete Militar, mas a confusão continuou quando os manifestantes viram o carro do prefeito deixar o local, na contramão da Avenida Getúlio Vargas, no centro da cidade.
A prefeitura disse que classifica a greve como “politiqueira” e que a medida de sair pela contramão foi tomada por questões de segurança. Por meio de nota, o coronel Ezequiel Bino, chefe do Gabinete Militar, o procedimento evitou eventual acidente de trânsito em desfavor dos manifestantes, e eventuais conflitos, mostrando-se extremamente necessário. (Confira a íntegra da nota após o texto)
Ainda na segunda, Bocalom publicou um vídeo em uma rede social no qual comentou sobre a greve. Ele questionou a exigência dos servidores, e voltou a destacar o reajuste que foi concedido no ano passado, além de gratificações.
“Eu fico triste, é o que eu quero falar para os pais, para quem tem filhos que não estão indo para a escola. Será que é justo o que estão fazendo este ano? Porque tiveram o maior reajuste da história da educação, que foi feito no ano passado. Será que é justo seu filho ficar sem ir para a escola por causa de funcionários que tiveram 60%, 70% de reajuste, que é o caso do pessoal de apoio? Será que é justo eles pedirem mais 14% de aumento? É nessa linha que eu vou continuar trabalhando. Não dá para privilegiar um grupo em detrimento do restante. A prefeitura tem quase 8 mil funcionários”, argumentou.
Nota oficial
A Prefeitura de Rio Branco, por meio do seu Gabinete Militar, vem a público esclarecer o fato ocorrido na manhã desta segunda-feira (24), quando o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, resolveu antecipar seu deslocamento para uma reunião externa ao ser informado que manifestantes, incitados por sindicalistas da educação, tentavam invadir o prédio da Prefeitura de Rio Branco para chegar até seu gabinete (como já ocorreu anteriormente).
Primeiro cabe salientar que, por lei, cabe ao Gabinete Militar, zelar pela segurança pessoal do chefe do executivo municipal e, ao ficar claro que os manifestantes pretendiam bloquear, em via pública, o veículo oficial que transportava o prefeito, no cruzamento da Rua Rui Barbosa com a Av. Getúlio Vargas, a equipe de segurança pessoal, incontinenti, decidiu conduzir o veículo para a Av. Ceara, utilizando-se de procedimentos de trânsito para evitar acidentes.
Tanto que alguns manifestantes chegaram a abordar o carro do prefeito na saída do estacionamento.
Este procedimento evitou eventual acidente de trânsito em desfavor dos manifestantes, e eventuais conflitos, mostrando-se extremamente necessário.
Cel. Ezequiel Bino
Chefe do Gabinete Militar de Rio Branco
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